Depois de, em Fevereiro, os 10 municípios envolvidos no Plano Estratégico de Turismo da Serra da Estrela (Petur) se terem reunido para analisar o relatório intercalar, o estudo volta hoje a ser apreciado, em Manteigas, mas desta vez ao nível das suas conclusões e com a presença de agentes locais, como a hotelaria e a restauração, e ainda do Instituto de Turismo de Portugal.
O coordenador deste estudo elaborado pela UBI, Pedro Guedes de Carvalho, espera um encontro mais consensual que o anterior e quer saber agora quais os municípios que alinham afinal na sua execução.
"Estou convencido de que se os agentes locais não estiverem unidos num plano concreto para o turismo, os investidores e a administração central não irão deslocar e afectar recursos para a região", afirma Pedro Guedes de Carvalho. "É preciso saber quem está com o plano e com o desenvolvimento do turismo e quem não está", refere este responsável, ao recordar as posições dos autarcas de Gouveia e Seia, que vieram dizer que há municípios a mais ligados à montanha e ao estudo. Para os presidentes das câmaras de Gouveia e de Seia, deve, antes de mais, delimitar-se fronteiras, definindo-se um conjunto restrito de municípios, formado pelos que estão na zona limítrofe da montanha e não pelos dez.
Uma das grandes novidades das conclusões do estudo, que surgiram depois daquele encontro, está, de resto, numa estratégia organizativa, sugerida para executar o plano e servir de interlocutora com a administração central, onde entram apenas seis municípios - Manteigas, Seia, Celorico da Beira, Gouveia, Guarda e Covilhã. A estratégia organizativa em causa, já anunciada pelo PÚBLICO, consiste na criação de uma comissão de acompanhamento para o Plano Operacional de Turismo da Serra da Estrela, que os autores do estudo acreditam que vai surgir, no âmbito do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN). Deverão integrar também a comissão de acompanhamento todas as entidades que actuam no sector do turismo na região, como a AIBT e a região de turismo. Apesar de apontar aqueles seis municípios, o estudo diz que a estrutura poderá abrir-se depois a outros "que entendam poder desempenhar um papel importante" no plano.
O estudo, que privilegia o turismo cultural e de natureza, aponta como medidas a criação de um portal integrado na Internet com central de reservas, um laboratório regional de turismo - para recolha e tratamento de dados e apoio à decisão de investimentos - e a criação da chamada "Carta de Excelência" para monitorizar e qualificar a oferta, entre muitas outras.
Público
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