O grande incêndio que no Verão do ano passado, começando em Vide, veio assolar a Serra da Estrela, ainda está na memória de todos. Nos últimos anos, esta montanha não tem escapado à fúria dos fogos. Os prejuízos ambientais que as chamas arrastam são inúmeros, destruindo habitats e pondo em causa a biodiversidade, num espaço classificado de Área Protegida pelo Instituto de Conservação da Natureza, em virtude do seu rico valor ambiental e patrimonial. Conforme explica Samuel Infante, da Quercus, os incêndios têm graves consequências ambientais, nomeadamente “a redução da biodiversidade de espécies e habitats, o aumento da erosão, o avanço de espécies exóticas invasivas como as acácias, a contaminação dos cursos de água, a diminuição da recarga dos aquíferos subterrâneos, entre outras”. Ou seja, “perdem-se valores que diferenciam esta região”, sublinha Samuel Infante.
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Política de reflorestação pode ser “nociva” Por sua vez, Jorge Patrão, dirigente da Região de Turismo da Serra da Estrela (RTSE), entende que “os incêndios são hoje o principal inimigo em termos de ambiente e turismo na serra”. E sublinha o seu receio de que a política de reflorestação das áreas se mantenha. “Todos os anos ardem áreas diferentes. Mas o problema não se resolve pondo lá mil árvores, mas sim, com uma política clara de reflorestação autóctone”. O responsável da RTSE considera que o Plano Estratégico de Reflorestação Nacional, actualmente em discussão pública, “pode ser um risco para o interior do país”. Isto porque, segundo afirma, o mesmo “cria dois objectivos florestais, um na região mais favorecida pela implementação de uma nova política florestal, que é o litoral, e uma segunda zona que consideram multifunções e isso é nocivo para o interior do país e para a nossa região”. Deste modo afirma: “Suspeito que as coisas não vão evoluir da forma que seria mais útil para a região”.
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Política de reflorestação pode ser “nociva” Por sua vez, Jorge Patrão, dirigente da Região de Turismo da Serra da Estrela (RTSE), entende que “os incêndios são hoje o principal inimigo em termos de ambiente e turismo na serra”. E sublinha o seu receio de que a política de reflorestação das áreas se mantenha. “Todos os anos ardem áreas diferentes. Mas o problema não se resolve pondo lá mil árvores, mas sim, com uma política clara de reflorestação autóctone”. O responsável da RTSE considera que o Plano Estratégico de Reflorestação Nacional, actualmente em discussão pública, “pode ser um risco para o interior do país”. Isto porque, segundo afirma, o mesmo “cria dois objectivos florestais, um na região mais favorecida pela implementação de uma nova política florestal, que é o litoral, e uma segunda zona que consideram multifunções e isso é nocivo para o interior do país e para a nossa região”. Deste modo afirma: “Suspeito que as coisas não vão evoluir da forma que seria mais útil para a região”.
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