O secretário de Estado Adjunto, das Obras Públicas e das Comunicações, Paulo Campos, reforçou o compromisso de estender o IC6 de Coimbra à Covilhã, ontem, na abertura do sublanço Catraia dos Poços/Arganil. "É de inteira justiça que o IC6 não pare", referiu.
"Justiça" foi a palavra mais usada por Paulo Campos para justificar a aposta do Governo na melhoria das acessibilidades no Interior. "O que estamos a fazer não é mais do que a nossa obrigação. É de inteira justiça que estes investimentos sejam feitos aqui. É de inteira justiça que o IC6 não pare e chegue à Covilhã", defendeu, na abertura do sublanço Catraia dos Poços/Arganil, integrado na empreitada do IC6 Catraia dos Poços/Tábua, adjudicada por 49,1 milhões de euros.
Imediatamente antes, havia discursado o presidente da Câmara de Arganil, Ricardo Alves, que juntou às palavras de "gratidão" pelas obras projectadas para a região um recado: "Desejamos todos que a obra do IC6 prossiga até Oliveira do Hospital e, depois, nas ligações à Covilhã e à Guarda". O secretário de Estado Adjunto, com raízes ali perto, garantiu o "empenhamento total" do Governo no "desencravar" das regiões do Interior. E lembrou que algumas "ainda são servidas por estradas construídas na Monarquia".
Do IC6, falta concluir a ligação entre Tábua e Covilhã, estando em curso os estudos de impacte ambiental, explicou Paulo Campos aos jornalistas. Metas temporais, por agora, não há, mas o responsável do Governo reiterou a importância de estreitar as distâncias entre as regiões do Interior, exemplificando: "Não existem acessibilidades que possam interligar, adequadamente, Coimbra e Viseu; Coimbra e Castelo Branco; e Coimbra e Guarda. A construção do IC6, com o IC7 e o IC37, permitirá fazer essa interligação".
Mais emprego, menos acidentes
Paulo Campos não duvida: a obra que o levou a visitar Tábua e Arganil vai melhorar a vida dos habitantes, e não só na óptica do desenvolvimento económico, com a potencial atracção de empresas criadoras de emprego. O secretário de Estado Adjunto realça, ainda, o bem estar das populações, que, "durante anos e anos, contribuíram para que as estradas fossem realizadas no Litoral". E a prevenção da sinistralidade rodoviária: "Conheço muito bem esta zona, sofri aqui vários dramas, de pessoas com quem partilhei, por exemplo, os tempos de escola. A estrada antiga, a EN17, não tem condições de segurança", disse.
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