Correio do Leitor: COMUNICADO ÀS/AOS ALUNAS/OS DA UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR

Ingressámos uma lista que tinha como objectivos maiores a reestruturação da AAUBI e dos seus quadros. Não fomos precipitados neste ponto, procurámos reunir justas causas para o provar, como o não comparecimento do gestor ao seu posto de trabalho e o facto de não estar contactável durante três semanas, que deixou a tesouraria e a associação em geral, num estado de quase ingovernabilidade, desencadeando aquele que veio a ser o colapso nervoso do tesoureiro.

Aproximava-se a Semana Académica e estes assuntos eram brandamente conduzidos pelo presidente, houve discórdia e este demitiu-se. Os que ficaram deram continuidade aos processos em curso, nomeadamente a Semana Académica, cujo contrato de produção descobrimos ter sido assinado pelo presidente apenas, e o despedimento do gestor, em articulação com um gabinete de advogados. Entretanto, o gestor regressou reagindo a este processo com ameaças de ilegalidades de direcções anteriores, que levaria até ao Ministério Público e invocando uma cláusula de rescisão, até à data desconhecida. Esta terá sido assinada durante o mandato de Fernando Jesus, segundo a qual, naquele momento, a sua indemnização seria de cerca de oitenta e sete mil euros. Tal documento, apesar de até ter sido pedido em Assembleia-Geral, ainda não apareceu.

Seguiu-se a desistência dos advogados e a A.G.A. onde João Rei recuou na sua decisão e pediu a moção de confiança que, em boa parte, para salvaguardar a Semana Académica, foi aceite. Nesta altura, Amílcar Baptista teve que se afastar e a pasta foi temporariamente assumida por Sérgio Baptista.

A Semana Académica decorreu normalmente para a perspectiva externa, na interna, a custo de alguns (poucos) membros, levando a que um deles – o Relações Públicas - se sentisse abusado e se demitisse. Paralelamente, o vice-presidente ausentou-se para um estágio que, contudo, considerou compatível com as suas funções na associação. A demissão oficial de Amílcar Baptista chegou então e era necessário repensar a equipa. Acordou-se que a continuidade só seria viável se os cargos vazios fossem ocupados, respectivamente, por Guilherme Aragonez e Gonçalo Marques que já tinham fortes ligações às funções, e eram pessoas da confiança de todo o grupo. Estes aceitaram os convites e iniciaram a sua actividade. No caso do tesoureiro, rigoroso e preocupado como é, dirigiu-se ao gestor para tomar conhecimento da situação financeira herdada, nomeadamente em termos de extractos e contas de fornecedores. O gestor reagiu com estranha indignação e fez acusações e ameaças de carácter pessoal ao tesoureiro. Este não sentiu que devia ser submetido a tais tratos e vendo que não teria condições para exercer, entregou as suas chaves. Esperávamos do presidente uma interposição do e uma reprimenda ao gestor, que não vieram. Uma vez mais, com o presidente em qualquer lado, menos no da equipa, só nos restou concluir que não tínhamos condições para continuar.

Resta-nos esperar que a próxima equipa tenha a coragem e, sobretudo, a união para vencer os poderes instalados e devolver a associação aos estudantes.

Edgar Nave
Sérgio Baptista
Carina Borges
Ana Rei
Ruben Carvalho
Vânia Correia