O Tribunal da Covilhã mudou esta quarta-feira as fechaduras e esvaziou a sede que o Sporting Clube da Covilhã (SCC) ocupou desde o início da década de 70, mas que já não usava desde Janeiro.Cumpriu-se uma acção de despejo na casa verde do centro da cidade, que assistiu, entre outros momentos, à passagem do clube pela primeira divisão de futebol na década de 1980.
O SCC chegou a estabelecer um acordo com o senhorio para aquisição do emblemático edifício, mas não foi cumprido “por questões financeiras” e “incompreensão” com o clube, disse hoje à Agência Lusa António Lopes, presidente da assembleia-geral do Covilhã.
Segundo Francisco Pimentel, advogado do senhorio, “o Sporting da Covilhã não cumpriu o acordo e não entregou as chaves do edifício até final de 2008, tal como previsto”.
“Este é o cumprimento da decisão judicial pela qual foi decidido o despejo do Sporting da Covilhã”, concluiu.
Para além do valor sentimental do imóvel, na prática nada muda no quotidiano do clube, dado que o espaço já não era usado desde o início do ano.
“Desde 20 de Janeiro que estamos noutras instalações. Aqui já não havia nada, só coisas para limpar”, acrescentou. “Eu nem sabia que ainda tínhamos a chave. Nós nunca nos recusámos a sair”, disse o dirigente do clube.
“Estivemos interessados no edifício, mas não tivemos respostas às nossas solicitações. Houve má vontade contra o clube”, queixou-se.
Os valores em causa rondavam “550 a 575 mil euros para aquisição do edifício, que tem sinais de degradação”.
“Está fora das possibilidades do clube, um dos quatro do futebol profissional sem passivo”, sublinhou António Lopes.
Os serviço do SCC funcionam actualmente no Sporting Shopping Center, em instalações do clube, a poucos metros da antiga sede.
JF
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