
Grão a grão se vai amoldando à realidade a ideia de que o desenvolvimento social no interior só é possível com investimento em serviços públicos de qualidade e de excelência.
As velhas especulações (muito pouco axiomáticas) – próprias de um país de velhos do restelo e de chicos espertos (em que domina o prático em vez do correcto) –, descrentes no investimento e na fixação serviços públicos simultaneamente como causa \efeito do desenvolvimento integrado das regiões, estão na nossa cidade completamente falidas; não que tenhamos uma rede de serviços públicos de qualidade e desburocratizados – um objectivo ainda por cumprir –, temos sim, a prova que a fixação de uma Universidade numa cidade do interior foi uma ancora de desenvolvimento económico, social e cultural.
“A massa cinzenta que formamos na nossa cidade irá sem dúvida ser proveitosa”... mas isto é nas concepções de quem considera a inteligência juvenil como uma causa para o sucesso; para mim a inteligência juvenil é em si já um sucesso; portanto para mim, a massa cinzenta que formamos na nossa cidade é sem dúvida proveitosa!... A prova de que assim é está na análise dos sucessos que temos tido com estudantes da UBI... desenvolverei dua

Daniela Gigante, estudante do primeiro ano de Design e Multimédia... nome desconhecido no anonimato dos corredores da UBI até que vencer o primeiro prémio no festival de cinema “curtas sadinas” em Setúbal com a curta Cadeira ... De forma excepcionalmente original recorre à exibição de movimentos através de fotografia – Stop Motion – com desenho e com vídeo. Interligando todo o desenrolar do vídeo com a importância do pensamento, da viagem, da imaginação, da felicidade. Sem dúvida, teve muito mérito.
(...)
Foi com surpresa que me fizeram chegar à mão uma notícia muito interessante sobre um programa de partilha de bens criado por três alunos na UBI - André Barbosa, David Mota e Tiago Barbosa - .... Chama-se Sharing Spot e, é de realçar que foi premiado num concurso da Microsoft.
Ainda em construção, a ideia é muito interessante; Usando as novas tecnologias no apoio e no serviço social promovendo laços de partilha, complementaridade entre pessoas (quem tem e quem precisa), e uma ligação forte entre, e com, as instituições quer de solidariedade, apoio e serviço social quer com as instituições estatais.
Sem dúvida louvável e muito bem pensado...
Mas quantas ideias como estas estarão nas mentes dos alunos?
Quantas ideias haverá por desenvolver e explorar?
Quantas ideias haverá por desenvolver e explorar?
Quanta vontade haverá para produção cultural de qualidade – como o ciclo de teatro que ocorreu na semana passada, ou como a curta da Daniela –?
Quanta massa cinzenta pode abrilhantar a nossa cidade?!
Em tempos em que se avizinha um futuro obscuro ainda vale a pena acreditar nos valores sociais e culturais das novas gerações... e que eles nesta cidade continuem a ser uma ancora de desenvolvimento.
Saudações.
João Nuno Mineiro
João Nuno Mineiro
2 comentários:
Ó João interessante o teu texto. Mas parece que só agora acordaste para a realidade cultural da covilha. Já vivi nessa cidade e mentes como a Daniela ( que tem muito mérito) e os rapazes do Sharing post já existiram muitos a passar por ai.
ana Anes
havera luz em marte???
havera vida apos a morte???
porque a quinta feira não precede á terça???
o cinto do joão será de pele, porque não de papel???
será que o interior nao será litoral???
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