sexta-feira, junho 09, 2006

IPPAR não pode embargar Parque da Goldra

Afinal, o Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) não vai embargar a obra, pois esta não é uma zona classificada. «Se estivesse, não hesitaria», salienta prontamente o director regional do IPPAR, José Afonso, esclarecendo nunca ter dito que ia pedir o embargo. «O que afirmei é que teria que receber essas informações para constatar o problema. Mas depois vi que a zona não estava classificada», aponta.

Por isso, resta «aguardar os pareceres» do Ministério Público para analisar depois se os vestígios encontrados na zona têm ou não valor. Um trabalho que terá que ser feito pelo Instituto Português de Arqueologia (IPA), visto que aquela área da obra PolisCovilhã é do domínio da arqueologia industrial. A notícia de que o IPPAR iria embargar a intervenção têm feito mossa na autarquia e levou o edil local a convidar o presidente do IPPAR para uma reunião de trabalho e visitar o local. Contudo, o encontro, agendado para terça-feira, foi adiado para daqui a duas semanas, uma vez que o responsável máximo daquele organismo estava em compromissos governamentais, adiantou a "O Interior" Carlos Pinto.

«O IPA apenas fez o que manda a lei. O Parque da Goldra é potencialmente uma zona de arqueologia industrial. Quando repararam que havia remoção de solos sem acompanhamento de um arqueólogo, fez a participação ao Ministério Público», explicou José Afonso, acrescentando que a Câmara deveria ter parado as obras de imediato quando encontraram os vestígios.

Ler mais no O Interior

Sem comentários: