A concentração de maternidades na Beira Interior só vai ser decidida no próximo ano, garantiu ontem João Casteleiro, presidente do Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB).
Segundo anunciou o Governo, o futuro dos blocos de partos dos hospitais da Guarda, Covilhã e Castelo Branco está dependente do Conselho de Administração do agrupamento de hospitais da Beira Interior, cuja criação ainda está em análise.
Até final do ano, “os hospitais da Guarda, Covilhã, Fundão e Castelo Branco estão a estudar a complementaridade de serviços que poderá levar à constituição de uma estrutura hospitalar única para toda a Beira Interior”, referiu João Casteleiro. “Esta questão das maternidades não se põe até final do ano. É um assunto que só irá resolver-se depois”, sublinhou. João Casteleiro defendeu a manutenção da maternidade do Hospital da Covilhã, “pelas condições de excelência que possui”, bem como das de Castelo Branco e Guarda. “O encerramento de qualquer serviço, não só das maternidades, nesta região do interior, tem que ser bem ponderado”, referiu. “Têm que haver zonas de excepção para essas medidas, como acontece em diferentes aspectos com as regiões autónomas dos Açores e da Madeira. E esta é uma região de excepção porque sofre de fortes condicionalismos, por causa da desertificação, por exemplo”, defendeu João Casteleiro.
“Quando se fala de encerramento de serviços, há outros factores, económicos e sociais, que estão em causa, para além da saúde”, acrescentou, defendendo que “tem de haver solidariedade de todo o país para com esta região”.
O Primeiro de Janeiro
Sem comentários:
Enviar um comentário