quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Nao queria que isto fosse como a anedota das nádegas: o que diz uma pra outra? Vai haver merda entre nós!

Não procuro um conflito pessoal, e ao citá-lo caro porti, pus em causa, não a sua pessoa que desconheço, mas o seu discurso, que reconheço. E é contra isso que pugno, parece-me que estamos de acordo, contra as ideias feitas.
Respondo:Os seus discursos tal como são ensaiados, destinam-se a realizar manipulações ideológicas, turvando o pensamento livre. Aquilo que aqui escrevo, maior parte das vezes questionando, é fruto de reflexão própria, individual, livre da metáfora partidária. É isso que penso de quem pensa por mim, que estão a embalar metáforas para me explicarem o absurdo.
O absurdo é fingir que um Governo, ou uma Assembleia, ainda tem poder/independência para determinar políticas económicas/sociais no nosso país(deve Portugal abandonar a U.E.?). O absurdo é querer receber mais fundos da U.E. e ao mesmo tempo defender o aparelho produtivo nacional. O absurdo é querer o melhor de dois mundos, calçar sapatos feitos por crianças no Vale do Ave, e defender a competitividade da nossa indústria. O absurdo continua ad infinitum, e a incapacidade para conciliar essas duas realidades, a do país que temos e a do país que nos prometem, substancia a minha irredutível descrença na mensagem populista dos partidos políticos.
Por isso aquilo que penso da minha citação, caro porti, resume-se à idiosincrasia do Partido Comunista Português, que tendo um movimento de renovação endógeno se limitou a ignorá-lo, não sem antes afastar o seu Secretário Geral Carlos Carvalhas através do Comité Central. E com isso banalizar e ostracizar Ideias e Pessoas que sempre enriqueceram o Partido. Cito o saudoso Edgar Correia do Movimento da Renovação Comunista- "(a saída de Carlos Carvalhas)Foi imposta pelo grupo que há muitos anos controla o PCP. Carlos Carvalhas cedeu a pressões da linha dura, na altura das perseguições por delito de opinião, mas isso só conseguiu adiar a sua expulsão".
Creio agora que reconhecerá, caro porti, a pertinência da minha citação, que não sendo uma futilidade, também é apenas um elemento de reflexão e não uma mensagem de doutrina.

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