Gandhi, que em 1920 disse muito claramente: "...uma educação efetiva é impossível em língua estrangeira... só a língua do povo pode instigar originalidade de pensamento no maior número de pessoas". Ou ainda mais claro, em sua obra Hind Swaraj: "Dar a milhões de pessoas o conhecimento [somente] do inglês é escravizá-los".
Com a finalidade de contribuir para a preservação da diversidade cultural e a protecção do património imaterial da humanidade, a 30ª sessão da Conferência Geral da UNESCO, realizada em 1999, deliberou celebrar anualmente, a 21 de Fevereiro, o Dia Internacional da Língua Materna.
A primeira edição desta iniciativa ocorreu no ano 2000, tendo, nessa ocasião, Kofi Annan, Secretário-Geral das Nações Unidas, realçado que na era da globalização, em que algumas línguas se transformaram em línguas globais, é fundamental que se preservem as locais.
A primeira edição desta iniciativa ocorreu no ano 2000, tendo, nessa ocasião, Kofi Annan, Secretário-Geral das Nações Unidas, realçado que na era da globalização, em que algumas línguas se transformaram em línguas globais, é fundamental que se preservem as locais.
As estimativas sobre as 100 línguas maternas mais faladas no mundo, divulgadas em 1999 (www.sil.org/ethnologue/top100.html), colocavam o Português em sexta posição, atribuindo-lhe um total de falantes calculado em 170 milhões. Verificava-se, por conseguinte, que entre as dez línguas maternas com maior expansão no planeta, o Português apenas era suplantado pelo Chinês (Mandarim), o Espanhol, o Inglês, o Bengali e o Hindi, ocupando a posição de terceira língua europeia, embora com um número de falantes idêntico ao Russo.
O cruzamento destes dados com elementos fornecidos pela geografia e pela demografia permite concluir que apenas as três mais importantes línguas maternas europeias a nível mundial - Espanhol, Inglês e Português - detêm o maior número de falantes em países exteriores aos espaços originais, todos situados no continente americano, respectivamente, México, Estados Unidos da América e Brasil. Por seu turno, as três mais importantes línguas orientais não possuem estatuto de língua materna em estados localizados noutros continentes. As referidas línguas europeias encontraram, assim, nas ex-colónias americanas poderosos veículos para a sua expansão planetária, superando largamente as antigas metrópoles.
(...)
A Língua Portuguesa encontra-se, pois, particularmente bem posicionada no contexto da disputa linguística que actualmente se trava no panorama internacional, sendo um dos raros idiomas que detém o estatuto de língua materna em estados ou territórios de quatro continentes.
Documento completo em :http://www.instituto-camoes.pt/icnoticias/noticias01/linguasecxxi2.htm
Um post comemorativo e de chamada de atenção para a cultura portuguesa. É que Portugal não é só bola....
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