quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Porque não quer o Pão-de-kuartos ser Karkassa?

Abrir o Máfia da Cova começa a ser para mim motivo de grande surpresa no dia-a-dia. A agressividade tornou-se vincada que afirmar-se que a discussão é meramente política é puxadito...
Quem me conhece sabeque não sou, não fui, nem serei militante do PCP, nem tão pouco comunista. Já o disse várias vezes e afirmo-o todas as vezes que forem precisas. Sou assumidamente um homem de esquerda. Sou-o assumidamente e submeto-me por isso à crítica. Não gosto nem nunca gostei da posição fácil de ser do contra ou basicamente um cínico. Esta posição obrigou-me ao longo do tempo a reconhecer erros na minha área política para os quais não tenho justificação tendo, como tal, que me juntar por vezes ao coro de críticas e assobios.
Pela n-ésima vez afirmo sem margem para dúvidas: SOU UM DEMOCRATA. Como tal reconheço a todos o direito de opinar, de se organizar e formar um partido político. Respeito-os todos sem excepção (talvez o MAN não). Mais, respeito todos os homens que têm a coragem de lutar pelas suas convicções, por mais erradas que elas me pareçam. Todos temos direito a opinar, ao erro de opinião, mas não temos direito à mal-dicência.
No que respeita ao PCP, não concordo com algumas das suas ideologias, discordo muito de algumas das suas práticas e abomino alguns atentados que alguns regimes comunistas fizeram à humanidade. No entanto, não confundo regimes comunistas com comunismo e muito menos com os comunistas enquanto homens políticos. Reconheço também que, tal como a classe média, o voto comunista tem vindo a desaparecer (não sei honestamente se haverá alguma relação). Respeito-os ainda mais por isso. A verdadeira democracia não reside em dar voz à maioria porque esta a tem naturalmente, mas sim em dar voz às minorias. Digo-o sem qualquer paternalismo.
Dizia Ghandi que "em matéria de consciência a lei da maioria não tem qualquer significado". Grande estadista este Ghandi, um homem singular, cheio de razão que não foi de direita nem de esquerda, que era Hindu, Muçulmano, Judeu, Cristão, Budista... como ele próprio afirmava. Alguns máfias certamente discordarão dirão que não se compara sequer a Bill Gates, Henry Kissinger, Richard Nixon, Benito Mussolini ou Adolf Hitler, António Salazar, Cavaco Silva ou mesmo Carlos Pinto (esta é para o Cona da Mãe...). Outros dirão: Mao, Lenine, Estaline...são opiniões que existem e por isso criticáveis. Outros máfias há a que eu não poderei contrapor nada em relação às suas ideologias porque ou não as têm ou facilitisticamente as escondem. Resta-me, para esses voltar ao tema deste post: Porque não quer o Pão-de-kuartos ser Karkassa? A única coisa que me ocorre em relação a esta ideologia é que o pão-de-kuartos resulta da união de quatro unidades singulares em torno de algo. A Karkassa gosta de ir para o forno, com a sua sumptuosa rachadela, 'orgulhosamente só'. São opções de padaria!

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