segunda-feira, janeiro 02, 2006

Espécies em risco na Estrela

Os fogos do Verão queimaram 12,5% da área florestal do Parque Natural da Serra da Estrela, mas afectaram 20 habitats protegidos pela legislação europeia, cinco dos quais são prioritários.
Segundo o "Jornal de Notícias", a floresta de teixo - uma espécie muito rara - quase desapareceu e será de muito difícil recuperação. O maior medronhal ficou queimado, mas a regeneração ainda é possível.
Aqueles elementos constam do relatório preliminar da caracterização dos efeitos dos incêndios, que percorreram mais de dez mil hectares, com especial incidência nas zonas de Vide (Seia), Ribeira (Vale do Zêzere) e Paço da Serra (Gouveia), que aborda as áreas ardidas e define as cartas de valores da fauna, da flora, dos habitats e dos declives (para definir o risco de erosão).

Destinado a orientar a monitorização da regeneração natural e a habilitar a Direcção do Parque a tomar decisões sobre as medidas e áreas prioritárias de recuperação artificial, o documento, que deverá estar completo na segunda quinzena deste mês, conclui que foram atingidos 2500 hectares de povoamento de pinheiro-bravo, mil de povoamentos mistos e 200 de carvalhal.

De acordo com os dados preliminares, calcula-se que mais de 30 espécies da flora tenham sido atingidas, embora não se conheça o grau de afectação (só o relativo ao teixo parece inequívoco) e seja mais prudente aguardar a Primavera, para avaliar a regeneração natural.

Em relação à fauna, concluiu-se que as áreas ardidas correspondem a áreas de ocupação de espécies importantes - diversos invertebrados, e aves como o pisco-de-peito-azul, espécies cinegéticas, omo a lebre, o coelho e o javali,foram igualmente afectados. [+ info]

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