A indefinição e a dúvida aliada a uma certa desilusão e impotência, faz com que a escolha individual, acto solitário efectivado numa pequena cabine com um boletim e uma série de opções, seja ainda, para muitos, uma incerteza.
Já muito fui dizendo sobre o acto eleitoral de dia 22 e, não querendo cair em pleonasmos, muito menos na saturação de quem vai lendo estes “post’s”, gostava de relembrar o que está em jogo, aquilo que se vai decidir e as consequências que o tal acto individual, somado ao de todos os indivíduos que o vão exercer, terá.
Que esta é uma das poucas oportunidades que o sistema em que vivemos nos permite decidir. Quem manda agora somos nós, mas que devia ser mais, devíamos poder participar na construção do futuro. Este futuro tem de ter por base os nossos interesses, enquanto jovens, trabalhadores, estudantes, reformados e desempregados… que a política tem que olhar a todos e não a um punhado de privilegiados.
Esta é a altura de escolher quem vai jurar a Constituição, uma Carta que, apesar de muitas amputações, contínua a ter inscritos direitos duramente conquistados, alicerçados na luta de sucessivas gerações de Portugueses.
Não podemos ficar em casa, não devemos votar nulo ou branco (as consequências estão explícitas no último “post” que escrevi), nas actuais circunstâncias este não será um voto imparcial nem uma demonstração de descontetamento, podendo-se dizer que será nulo na medida em que (não)contribuirá para a alteração do estado das coisas.
É preciso derrotar a candidatura da direita, por tudo o que já aqui se foi dizendo e, por mais não seja para os obrigar a explicar o que vão fazer (para aqueles que ainda têm dúvidas do que será um PR chamado cavaco). Depois, se a esta derrota se quiser dar um conteúdo de esperança em Portugal, se se quiser confiar numa ruptura democrática que de uma vez por todas rompa com actual marasmo, já sabem em quem podem votar!!!
Obs: O candidato que o Padrinho anda à procura é o Jerónimo de Sousa quando perguntas – “Onde é que eu encontro por exemplo um partido ou um candidato que seja a favor da liberalização do aborto ou das drogas e ao mesmo tempo a favor da iniciativa privada?”
O Jerónimo é pela despenalização do aborto e, se bem te lembras, tem tido a mesma posição em relação às drogas (lembro-me de um post teu a relatar uma noticia sobre uma iniciativa do PCP na AR) e está pela iniciativa privada, dos pequenos e médios empresários… penso que te referias a estes quando falavas da iniciativa privada e não aos grandes grupos económicos, esses sim merecem o combate de Jerónimo de Sousa e de muitos outros…
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