quinta-feira, janeiro 19, 2006

Um dó li tá...

A 3 dias das eleições e "O Padrinho" continua indeciso na sua intenção de voto. Apesar de já aqui terem sido dadas várias opiniões acerca dos vários candidatos, nenhuma foi ainda suficientemente esclarecedora para determinar uma decisão em consciência. Por outro lado, o facto de existirem tantas candidaturas dificulta ainda mais a escolha. Ao todo são 6, cinco da dita esquerda e um único de direita.

Todos eles são bem conhecidos dos portugueses pela sua participação na vida política dos últimos anos e até mesmo décadas. As caras são as mesmas, sinónimo de falta de renovação na política portuguesa. A única renovação que vejo é o saltitar de cargo para cargo de todos eles- se não estão no governo, estão na oposição, se não estão como ministros estão como gestores publicos, se não estão como autarcas estão como deputados. E assim vão rodando ao longo da vida acumulando vencimentos e reformas quase milionárias aqui e ali bastando para tal pertencer à cor política do momento, não interessando algo a que se chama competência e transparência. O português, a tudo assiste, e tão depressa reclama como aclama...

Mas como é que eles chegam ao topo? Bem, têm de começar desde muito cedo, de preferência nas "jotas" respectivas e se por lá se forem mantendo...depressa arranjarão um cargo...
Se calhar, até eu se tivesse num partido há muitos anos, possivelmente poderia estar agora ganhar 3000 mil euros nesta altura como assessor de um assessor em vez dos 700 que ganho. O currículo não é importante para a política, mas sim a agenda com os contactos...

Não quero também com isto generalizar de que todos os políticos são trampolineiros, até porque por vezes(embora raras) se veêm bons políticos a tentar levar a cabo boas políticas, mas que acabam muitas vezes por cair em saco roto ou porque não são levadas a cabo com rigor e transparência,(de que vale ter uma política de aumento dos gastos públicos, se esses gastos no nosso país acabam por ir sempre além do previsto?)
ou porque quem as quer levar a cabo é demasiado sério e transparente e acaba por ser afastado. Os corredores da política são labirinticos onde só os "melhores" singram...


Por tudo isto os políticos são para mim cada vez menos credíveis e podem aparentar ser simpáticos, ou homens do povo, ou até competentes, que eu já desconfio sempre deles. Por estas e outras razões continuo sem saber em quem votar no próximo domingo, parece que nenhum candidato me satisfaz. Onde é que eu encontro por exemplo um partido ou um candidato que seja a favor da liberalização do aborto ou das drogas e ao mesmo tempo a favor da iniciativa privada?

Por isso, não sei, talvez vote em quem me ofereceu almoço, até porque já dizia o outro (que é o rival do que me ofereceu o almoço) "não há almoços grátis"...

Saudações Presidenciais do Presidente e Director Geral da Máfia da Cova.

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