"Segundo a edição desta semana do Notícias da Covilhã, a junta de freguesia do Teixoso (Covilhã) irá proceder amanhã, com a ajuda de várias crianças, à plantação de vários teixos na vila e em anexas da freguesia.(...)"
- Curiosidade n.º 1: "Por uma comparação errada com as práticas agrícolas é frequente pensar-se que as árvores precisam de ser podadas, de preferência com cortes drásticos e profundos, à semelhança das árvores de fruto. Esta convicção leva os proprietários e o público em geral a "exigir" sacrifícios das copas das árvores, que pelo contrário devem ser evitados, pois tecnicamente não são recomendados." De onde retirei este texto? Acreditem ou não, ele está disponível na página de uma câmara municipal deste país, a de Cascais.
Esta é a "teoria". Não conheço Cascais, mas adoraria comprovar no terreno se a "prática" camarária respeita esta "teoria" tão respeitadora da árvore no espaço urbano.
- Curiosidade n.º 2: no Brasil, no município de Londrina, a Secretaria Municipal do Ambiente pretende multar os comerciantes que não plantarem árvores em frente aos respectivos estabelecimentos comerciais. Em Portugal poderia ser dado um milhão de euros ao primeiro comerciante que não manifestasse o desejo de ver podadas as árvores existentes diante da sua loja! Creio que o dinheiro ficaria por entregar....
A Sombra Verde
Nesta notícia é referido que o deputado municipal Hélio Fazendeiro questionou a autarquia da Covilhã, acerca do abate de uma tília monumental no Bairro do Rodrigo. A essa interpelação, e como é habitual, a maioria limitou-se a responder com o silêncio arrogante de quem se considera estar numa posição em que não tem de prestar justificações a ninguém.
Nem sequer tentaram justificar o que é injustificável. Basta-lhes o silêncio...E porquê?
Porque a maioria que governa esta cidade sabe que conta com uma poderosa aliada: a ignorância! Eles sabem que a maioria das pessoas "embirra" com as árvores e que mesmo os cidadãos mais tolerantes com o verde consideram estas práticas normais; aliás, consideram-nas mesmo imprescindíveis e benéficas para a vitalidade e saúde das árvores.
As câmaras sabem que ao praticarem estas podas estão a transmitir uma (falsa) sensação de segurança às pessoas. Ainda na passada sexta-feira, chamava a atenção para uma notícia onde uma vereadora do Bombarral afirmava ter identificado (com que competência técnica em arboricultura?) várias "árvores perigosas" no concelho.
As autarquias gastam o dinheiro dos contribuintes para destruir as árvores com a justificação que estão a aumentar a vitalidade das mesmas e a proteger a segurança das pessoas e dos seus bens, quando na realidade estão a produzir cotos fragilizados muito mais propensos a causar acidentes. Elas sabem que com este tipo de acções ganham simpatia e votos numa larga faixa do eleitorado. Se forem a este bairro e questionarem os seus habitantes, verão que a maioria concordou com esta acção pois as árvores altas são um perigo a abater!Irónico, não é?
Acresce que a Câmara da Covilhã, como a grande maioria das restantes câmaras municipais, não pode justificar um acto destes porque não tem técnicos credenciados em arboricultura que pudessem dar credibilidade técnica/científica a estas podas. Por isso, limitam-se ao silêncio.
E esta é a mesma câmara municipal que vai inaugurar, daqui a umas semanas, o Parque da Goldra e proclamar o seu amor às árvores e ao ambiente e o quanto tem investido nos espaços verdes da cidade e do concelho. Até para a hipocrisia deveria existir um limite!
A Sombra Verde
- Curiosidade n.º 1: "Por uma comparação errada com as práticas agrícolas é frequente pensar-se que as árvores precisam de ser podadas, de preferência com cortes drásticos e profundos, à semelhança das árvores de fruto. Esta convicção leva os proprietários e o público em geral a "exigir" sacrifícios das copas das árvores, que pelo contrário devem ser evitados, pois tecnicamente não são recomendados." De onde retirei este texto? Acreditem ou não, ele está disponível na página de uma câmara municipal deste país, a de Cascais.
Esta é a "teoria". Não conheço Cascais, mas adoraria comprovar no terreno se a "prática" camarária respeita esta "teoria" tão respeitadora da árvore no espaço urbano.
- Curiosidade n.º 2: no Brasil, no município de Londrina, a Secretaria Municipal do Ambiente pretende multar os comerciantes que não plantarem árvores em frente aos respectivos estabelecimentos comerciais. Em Portugal poderia ser dado um milhão de euros ao primeiro comerciante que não manifestasse o desejo de ver podadas as árvores existentes diante da sua loja! Creio que o dinheiro ficaria por entregar....
A Sombra Verde
A imagem que antecede este texto é a digitalização de uma notícia do Jornal do Fundão do passado dia 21 de Fevereiro.
Nesta notícia é referido que o deputado municipal Hélio Fazendeiro questionou a autarquia da Covilhã, acerca do abate de uma tília monumental no Bairro do Rodrigo. A essa interpelação, e como é habitual, a maioria limitou-se a responder com o silêncio arrogante de quem se considera estar numa posição em que não tem de prestar justificações a ninguém.
Nem sequer tentaram justificar o que é injustificável. Basta-lhes o silêncio...E porquê?
Porque a maioria que governa esta cidade sabe que conta com uma poderosa aliada: a ignorância! Eles sabem que a maioria das pessoas "embirra" com as árvores e que mesmo os cidadãos mais tolerantes com o verde consideram estas práticas normais; aliás, consideram-nas mesmo imprescindíveis e benéficas para a vitalidade e saúde das árvores.
As câmaras sabem que ao praticarem estas podas estão a transmitir uma (falsa) sensação de segurança às pessoas. Ainda na passada sexta-feira, chamava a atenção para uma notícia onde uma vereadora do Bombarral afirmava ter identificado (com que competência técnica em arboricultura?) várias "árvores perigosas" no concelho.
As autarquias gastam o dinheiro dos contribuintes para destruir as árvores com a justificação que estão a aumentar a vitalidade das mesmas e a proteger a segurança das pessoas e dos seus bens, quando na realidade estão a produzir cotos fragilizados muito mais propensos a causar acidentes. Elas sabem que com este tipo de acções ganham simpatia e votos numa larga faixa do eleitorado. Se forem a este bairro e questionarem os seus habitantes, verão que a maioria concordou com esta acção pois as árvores altas são um perigo a abater!Irónico, não é?
Acresce que a Câmara da Covilhã, como a grande maioria das restantes câmaras municipais, não pode justificar um acto destes porque não tem técnicos credenciados em arboricultura que pudessem dar credibilidade técnica/científica a estas podas. Por isso, limitam-se ao silêncio.
E esta é a mesma câmara municipal que vai inaugurar, daqui a umas semanas, o Parque da Goldra e proclamar o seu amor às árvores e ao ambiente e o quanto tem investido nos espaços verdes da cidade e do concelho. Até para a hipocrisia deveria existir um limite!
A Sombra Verde
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