:: "Molière" Carlo Goldoni
«Esta comédia biográfica, onde Goldoni mistura temas do TARTUFO com os amores de Molière e Bejart, é uma homenagem a um dos seus mestres declarados, para além de um ataque a hipócritas e maldizentes, de que tanto sofria o próprio Goldoni. O autor introduz em casa de Molière um hipócrita de grau superlativo, o senhor Pirlone. Este revela a Bejart o amor de Molière por sua filha Isabella, o que ela ignorava. Influencia a Bejart para que abandone a casa, faz o mesmo a Isabella, fazendo-lhe ver que o ofício de comediante conduz à perdição. Mas ao mesmo tempo tenta conquistar a Foresta criada da casa. Esta para além de seduzir o hipócrita senhor Pirlone, aproveita-se dele acabando por lhe conquistar a capa e o chapéu que oferece a seu amo Molière. Este aparece em cena com as galas do hipócrita senhor Pirlone num efeito teatral e de grande comicidade. O último acto inicia-se após a estreia de Tartufo. Todos os personagens felicitam Molière. O senhor Pirlone, que estava escondido num gabinete esperando a criada Foresta, vê-se inesperadamente forçado a sair, recebedo os sarcasmos e o gozo dos presentes. Por fim, Molière casa com Isabella para tormento de sua mãe que aspirava ao amor daquele que será o seu genro. A obra apresenta bastantes detalhes da vida de Molière. Alguns personagens correspondem a sujeitos reais : V
alério não é outro que o comediante Baron; Leandro é La Chapelle. Goldoni manifesta nesta obra a sua profunda admiração pelo genial autor francês e homenageia-o trazendo a cena as suas virtudes e desencantos, e revelando o seu olhar arguto sobre o mundo em mudança que é também o reino do engano onde, "todos somos comediantes já que o mundo é uma comédia".Ficha Técnica :
Encenação: Gil Salgueiro Nave
Cenografia e figurinos: Luís Mouro
Interpretação: António Saraiva, Fernando Landeira, Paulo Miranda, Rafael freire, Sara Silva, Sónia Botelho, Teresa Baguinho
OUTUBRO - Auditório Teatro das Beiras
Dia 11, 12, 13,14,18,19,20,21 (21.30h)
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