William Parker (contrabaixo)
Guillermo E. Brown (bateria)
A rematar as quartas feiras de um já transbordante Outubro, o Lux acolhe um trio de excepção, liderado pelo toque subtil, imprevisível e energético de Matthew Shipp, pianista norte-americano que começou a ganhar visibilidade no mítico quarteto do saxofonista David S. Ware, do qual faz parte desde o início dos anos 90 - década ao longo da qual gravou e compôs intensivamente, acabando por liderar um trio com os restantes elementos das duas secções rítmicas que Ware alimentou no seu período dourado compreendido entre 1992 e 1998: o contrabaixista William Parker e, alternadamente, os bateristas Susie Ibarra e Whit Dickey. Em 2000, Shipp assumiu a curadoria das eclécticas, iconoclastas e visionárias “Blue Series” da editora Thirsty Ear, pela qual lançou igualmente o seu novo registo, “Piano Vortex”, uma obra que nasce do encontro - já habitual (mas sempre surpreendente...) nas suas composições - entre o free jazz e uma certa música erudita dos nossos tempos. Acompanhar Shipp é tarefa para uma minoria iluminada. Nesta sessão, teremos o privilégio de testemunhar uma sinergia rara entre o pianista e outros dois músicos que se destacam pela sua clarividência e eminente comunicação telepática: William Parker, uma referência incontornável na história do jazz, consequência de ser o maior baixista que o mundo ouviu desde Charlie Mingus, é hoje um veterano e uma figura vital na cena da música improvisada nova- iorquina; e, ao seu lado, na bateria, o jovem instrumentista, produtor e artista multidisciplinar Guillermo E. Brown, dono de uma carreira que conta já com cerca de 30 gravações, inúmeras colaborações com grandes nomes das margens mais cerebrais do free jazz, do hip hop e de algumas das suas derivações de impossível rotulação - de David S. Ware (de cujo quarteto é o actual baterista) a Anti-Pop Consortium, passando por Anthony Braxton, George Lewis, Carl Hancock Rux, El-P, Mike Ladd, DJ Spooky ou os Spring Heel Jack -, para além de integrar ainda o The Cut Up Quintet e o recente colectivo BiLLLLz. Em suma, três dos mais inconformistas e criativos músicos da actualidade, reunidos numa actuação que só pode mesmo ser adjectivada de uma forma: im-per- dí-vel.
YEN SUNG
A garantir um dancefloorjazz que mantenha a elevadíssima fasquia do trio de Matthew Shipp estará a DJ Yen Sung, conhecida pelo talento, exigência e paixão que tem demonstrado em cada momento de uma carreira que soma já mais de 15 anos na grande área da divulgação musical, em particular a seleccionar os melhores grooves do universo nos pratos de alguns dos mais sofisticados clubes nacionais e internacionais - nomeadamente no Lux, onde é DJ residente desde a primeira hora.
(entrada gratuita)
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