O Parque Natural da Serra da Estrela, foi criado pelo Decreto-Lei 557/76 de 16 de Julho de 1976, sendo a sua área inicial, de 52.000 hectares e actualmente de uma dimensão de 101.000 hectares.
Segundo definição oficial, Parques Naturais são áreas de território devidamente ordenadas, tendo em vista o recreio, a conservação da natureza, a protecção da paisagem e a promoção das populações rurais, podendo incidir sobre propriedade pública ou privada e onde a construção estabelece aptidões e usos das diferentes parcelas de terreno.
No caso do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE) têm a particularidade, de ser a maior área natural já protegida em Portugal, a qual acarreta no seu seio um enorme e importante carácter de diversidade biológica de grande importância ambiental para toda a região e país. É inconcebível, como o próprio Instituo de Conservação da Natureza (ICN), vêm a público propor a redução do PNSE, em 12 mil hectares da área actual, quando se pretende apostar nas vertentes e soluções ecológicas.
Sendo que neste caso concreto, se prevê mais uma construção desenfreada, aprovada pelo governo vigente e aplaudida pelos autarcas locais, em detrimento da reabilitação florestal que vizasse um restabelecimento das características naturais da região, com base na «degradação e ausência de valores naturais assinaláveis».Afinal fez-se alguma coisa, ou foram apresentadas soluções para a reabilitação da área em causa, em conformidade com os valores naturais?É curioso como a notícia é dada a conhecer ao público em geral, numa Segunda feira, dia 17 de Julho, envolta no mediatismo da questão Líbano-Israel.
É curioso a população nada estar informada sobre o assunto, tendo voltado a notícia no final da semana, a 21 de Julho, onde já se anuncia que foi deliberado, faltando apenas uma das entidades governamentais aprovar a proposta ridícula e anti-ecológica, do próprio ICN. Proposta esta que apenas server para fomentar a construção desenfreada e a criação de novos “tachos” no panorama politico e empresarial da região.
É também curioso a posição tomada pelo Sr. secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, que defendeu no dia 28 de Julho em Olhão que «a gestão das áreas protegidas seja partilhada entre o Governo e municípios ou outras entidades ligadas ao ambiente, através de protocolos.» Sabendo, também, que a própria medida, é apoiada não só por alguns autarcas da região mas, também, por empresários do turismo regional.
O PNR pergunta: qual a intenção do Governo e dos próprios meios de comunicação pelo facto de não terem incidido mais sobre o assunto, questionando também o porque da população não ter tido o direito a expressar a sua livre opinião após conhecimento de causa. Questionando, também, o porque destas medidas, quando se quer apostar numa politica ecológica de reabilitação territorial.
Não deixe que os valores naturais e biológicos deixem de existir na nossa região!
Manifesto PNR/JN Centro
O nosso leitor "Viriax"
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