A Federação Portuguesa do Táxi vai dar parecer negativo a quaisquer novas licenças para aquele meio de transporte no concelho da Covilhã. A decisão foi anunciada, no sábado, por Fernando Carneiro, assessor da direcção do organismo, no final de um encontro que reuniu cerca de duas dezenas de taxistas na Covilhã para discutir a situação do sector. Na última semana, a Câmara cancelou um concurso que tinha lançado para sete novas licenças de táxi no concelho. «Confundiram-se lugares por preencher como novos pedidos», justificou o presidente Carlos Pinto. Ainda assim, segundo o autarca, manteve-se o concurso «para um lugar de táxi na freguesia de Cortes do Meio». Apesar de reconhecer um recuo na posição do município, Fernando Carneiro referiu que a Federação Portuguesa do Táxi vai dar parecer negativo «nem que seja à criação de um único novo lugar». E justifica: «Há pouco trabalho, a oferta excede a procura e atribuir mais licenças ia aumentar o risco de falência para quem já está a trabalhar», garantiu. «A situação dos taxistas é dramática. Os profissionais podem até trabalhar 10 a 12 horas por dia, mas olhar ao tempo despendido é ilusório, porque gastam mais em combustível e chegam ao fim do dia sem conseguirem fazer folha», acrescentou Fernando Carneiro. Para além de um parecer negativo à atribuição de novas licenças, a Federação Portuguesa do Táxi vai «sensibilizar» a autarquia para que comparticipe na aquisição de taxímetros. Na mesma reunião foi ainda eleito António Ramos como delegado na Covilhã da Federação e Fernando Proença como subdelegado. Segundo fontes do sector, estima-se que existam perto de 90 táxis a operar no concelho.
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