“Que mais podemos fazer?”, questiona José António Pereira, um dos moradores da zona Ponte Pedrinha, Tortosendo, concelho da Covilhã, ao queixar-se dos maus cheiros provenientes da poluição do Rio Zêzere. Segundo conta o habitante ao Diário XXI, a situação prolonga-se já “há muito tempo e com a chegada do Verão, o caudal do rio baixa e é ainda pior ”. Para o morador, a justificação plausível prende-se com “a incapacidade” da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) existente no local para tratar as águas residuais dos moradores e das empresas instaladas no Parque Industrial do Tortosendo.
Ao Diário XXI, Orlanda Ilharvo, directora de exploração da empresa Águas da Serra – responsável pela manutenção das estações de tratamentos de resíduos do concelho da Covilhã – afirma tratar-se de uma “situação temporária”. Salientar, no entanto, que os maus cheiros não são provenientes da ETAR. “Já lá passei e pude confirmar isso”, refere. “É fácil culpabilizar a ETAR pelos cheiros, mas sei que não vêm de lá”. Apesar de se escusar a comentar se a ETAR tem ou não capacidade para tratar todos os resíduos da área que abrange, frisa que “o problema será resolvido dentro de meses com a construção da ETAR da Grande Covilhã. A população tem que ter paciência”, atira.
Indignado com os constantes maus cheiros, José António Pereira reitera que já recorreu às mais variadas entidades desde a Câmara da Covilhã, à Empresa Municipal Águas da Covilhã (AdC). “Ninguém faz nada apesar das nossas constantes queixas”, salienta.
Diário XXI
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