terça-feira, fevereiro 07, 2006
"Puxar em comum, mas não Pensar em comum"
Respeitem-se as preferências sexuais de cada um, sem lesar o direito à instituição do casamento.
Nisto reside a verdadeira essência daquilo que, a meu ver, distingue o debate do populismo de pacotilha que, vem sendo propalado pelos partidos ditos de Esquerda. Proclamam-se agora ideais puros da Revolução Francesa, LIBERDADE-FRATERNIDADE e por fim IGUALDADE meus senhores, este vicioso princípio burguês que apenas pretendia elevar à condição de (des)iguais aqueles mesmos que dedenhavam a desigualdade.
Faltou-lhes a JUSTIÇA, a PROPORCIONALIDADE como medida para se conseguir a igualdade. As Revoluções são caminhos para (assim também o são os partidos); como corolário disso, proclamar a IGUALDADE, é indicar um caminho, e indicar um caminho é iluminá-lo, mostrá-lo, não é fazê-lo, se eu quero um caminho que atravesse uma montanha, não a vou nivelar pela base, senão deixo de ter montanha e por conseguinte de necessitar um caminho. Não me venham pois dizer que eu tenho que ser homossexual, ou que sou obrigado a não casar para preservar um integrismo misógino, nada disso, pois quando me virem pelas ruas a desfilar semi-nu gritando bem alto o meu orgulho heterosexual, serei IGUAL, e aí que me prendam e internem porque devo estar bem tolo por acreditar que a Humanidade se divide em heterossexuais e homossexuais e não entre homens e mulheres, confundindo preferências sexuais com identidade sexual...
Não vou obviar uma conclusão, vou deixar propositadamente em aberto esta questão, agrada-me.
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