quinta-feira, fevereiro 09, 2006

"Call Center" já funciona

São 150 postos de trabalho no "call center" da PT Contact (empresa ligada à Portugal Telecom) em Castelo Branco que começou a funcionar na última segunda-feira.

As pessoas que aí vão começar a trabalhar têm de ter consciência que, apesar de serem contratados por uma empresa de trabalho temporário, têm direitos.

Que devem desde já defender-se das arbitrariedades que irão estar sujeitas. Que se devem unir. Que devem conhecer as leis que os protegem.

Será útil, também, ter consciência que a entidade empregadora (a que recorre aos serviços da My Jobs), neste caso a PT Contact, não pode recorrer a trabalho temporário por mais de 12 meses.

A estes trabalhadores será imposto, mais que certo, que ao final de um ano mudem de empresa de trabalho temporário, subterfúgio utilizado pelo capital para contornar a legislação em vigor. Na página http://www.jcp-pt.org/noticias.php?id=147 encontraram informação alusiva.

A falta de espaços comuns, o pouco tempo de pausa durante a jornada de trabalho (imposto ao arrepio da legislação em vigor), a falta de contrato colectivo, são impedimentos que só a união poderá ultrapassar…

É que, ao contrário do que muitos pensam (daqueles que pensam que só eles pensam e, mais ridículo ainda, que o pensamento é produto unicamente individual, sem influência do tempo e época…) é possível um Portugal com futuro, onde os trabalhadores façam valer os seus direitos.

A união em sindicatos que verdadeiramente os representem é um primeiro passo. As resistências que se verificarem, terão de ter em processos de luta a resposta.

Isto, sob pena de, conforme é desenvolvido na notícia de hoje do Diário XXI, os 700 futuros postos de trabalho a serem criados, ao invés de se revestirem em factor de desenvolvimento, segurança e estabilidade, sejam mais um elemento na história de precarização das condições de vida e de exploração desregulamentada.

Em relação à anedota das nádegas, o nível já vai tão baixo, a confusão é tanta, que te aconselho, oh tu que não me conheces…, a ir beber em outras fontes. Verificarás que os absurdos que identificas há muito estão inventariados…

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