Prémio “Amigo do meu amigo”
José Sócrates
Será enxaqueca ou terá visto Manuel Alegre?
À laia de declaração de interesses digo já que fomos colegas quando ainda quase usávamos fraldas, mas a verdade é que o Eng.º até tem tentado umas reformazitas embora já tenha demonstrado não querer ir ao fundo das coisas.
Recebe o prémio amizade pela salvação do BPP, banco com 3000 clientes (Balsemão, José Miguel Júdice, Paulo Guichard, Vaz Guedes, Saviotti, João de Deus Pinheiro, Joaquim Coimbra, Braga de Macedo, João Cravinho, Rui Machete), o bloco central no seu pior.
Prémio “Lotaria de Natal”
João Rendeiro
Passou o Natal na prisão mas consta que com os 407.000 € de salários do ano passado, mais as operações financeiras que realizou a partir da prisão, vai organizar uma festa de arromba na cela. Champanhe francês, trufas, caviar, bailarinas de Can-Can e convidados ilustres. Chegou a enviar convites a vários amigos para a festa de fim-de-ano (alegando, com tristeza, ser actualmente o único tubarão preso) que contava realizar no restaurante Eleven, do qual é sócio juntamente com José Miguel Júdice, mas o PGR lá o conseguiu convencer a fazer a festança na cela alegando que a invernia é grande e que seria uma tragédia se saísse da prisão e apanhasse uma pneumonia.
Prémio “A democracia é uma batata podre”
Alberto João
Desta figura esbelta da política à portuguesa, já pouco há para dizer. O que seria do país sem as suas intervenções políticas marcadas por uma profundidade de raciocínio inigualável e por um humor que nos lembra as nossas origens simiescas. É um personagem que marcou profundamente a minha vida intima pois a publicação desta foto no T&Q, há uns bons anos, levou-me a optar definitivamente pelos boxers.
Prémio “A tortura como modo de chegar à democracia”
George Bush
Muito fica o mundo a dever a este figurão. Abu ghraib e Guantanamo são paisagens sonhadas por este homem que dominou o mundo na última década. A ele ficamos a dever a invenção da tortura democrática, o invenção das armas de destruição maciça, a morte de New Orleans, o mito do aquecimento global e o amor pelo seu cão, o único canídeo com mais inteligência e bom senso do que o seu dono.
Deixa o mundo à beira de uma catástrofe económica mas leva a que os americanos elejam um presidente negro pouco religioso e liberal, o que nos EUA é um feito de grande mérito para um quase ex-presidente tão pouco dotado.
Prémio “Enganei-os a todos?”
Carlos Cruz
Nesta reedição dos Balet Rose, temos também rostos sorridentes e célebres. Aprendemos que nem sempre um sorriso franco é sinónimo de uma vida transparente e nem sempre o amor pelas criancinhas é sinal de um lugar à direita de deus pai. Prova de que, por muito que nos esforcemos, nunca conhecemos realmente as pessoas, muito menos aquelas que nos entram todos os dias em casa através do cubo mágico.
Inocente ou culpado? Vamos ver…a justiça em Portugal é cega e surda e só não é muda porque os Srs. juízes têm de ditar sentenças e porque, por vezes, surge um desalinhado e sádico Bastonário da Ordem dos Advogados que insiste em meter o dedo em profundas feridas e ainda se dá ao luxo de o rodar até que o sangue jorre.
Prémio “Discurso do tédio”
Cavaco Silva
Depois de um presidente simpático, culto e emotivo como Jorge Sampaio, ter-nos saído na rifa este seráfico, tenso, entediante, mecânico e distante Cavaco, é razão para emigrar. Deixem-no chegar ao segundo mandato e verão como ele deita as unhas de fora, esquece a estabilidade institucional e leva o país ao transe político.
Prémio “Dinossauro Excelentíssimo”
Jerónimo de Sousa
Restos de um tempo de amanhãs que cantam em que ainda havia camponeses e classe operária. A classe operária hoje chama-se classe média, os verdadeiros explorados do sec. XXI e este senhor ainda não entendeu que o marxismo-leninismo teve um papel crucial na evolução das sociedades, sobretudo no plano filosófico, mas ruiu a partir do momento em que homens como Mao (sanguinário e pedófilo), Stalin (sanguinário e paranóico) e Kim Il Sung (deficiente mental), ousaram liderar os seus povos.
Prémio “Vou voltar ao convento”
Manuela Ferreira Leite
Ninguém queria o cargo nesta fase difícil e a Sra., qual madre Teresa, sacrificou-se e decidiu liderar o PSD. É detentora da mais completa inépcia comunicacional alguma vez vista, veste-se como a D. Maria, governanta de Salazar e ninguém a ouve mas isso também não interessa muito pois ela pouco diz e quando o faz, num esgar de boca, clama por um interregno na democracia,seis mesitos pede ela. Cavaco de saias mas sem saber o que quer nem ter ideia do que faz no cargo, ainda surpresa de lá ter chegado.
Se isto é o maior partido da oposição, lá vamos ter o Sócrates novamente como primeiro-ministro, até porque os portugueses não gostam de mudar e adoram umas boas frases autoritárias mas ditas com convicção.
Prémio “Não me comprometo”
Francisco Louça
Herdeiro dos trotzquistas da LCI e do PSR coligados com uma UDP marxista-leninista-maoista (coligação impossível) o homem anda à cata de escândalos, tarefa que todos os poderes facilitam. É certo que tem ar de frade franciscano cruzado com rottweier e faz muita mossa mas se ele decidisse, saiamos da UE, teríamos o ministério dos gays e lésbicas e estou certo de que, tal como acontece com o personagem seguinte, teríamos de ouvir na TV as suas homilias semanais, mas fiquem calmos pois a pior coisa que lhe poderia acontecer seria ver-se obrigado a assumir decisões governativas.
Prémio “Ladro e se pudesse também mordia”
Hugo Chávez
Confesso que simpatizo com o homem. Mistura de ditador sul-americano com padrinho da Camorra, tem fincado os pés no petróleo e dado umas sapatadas verbais ao Sr. Bush. Mais um especialista em blá-blá, utiliza os inimigos externos (reais ou criados) para se fincar no poder. Dava um bom protagonista para um filme de Hollywood e tem contribuído para que o cinzentismo habitual da politica internacional ganhe umas matizes mais folclóricas. Dizem que o seu amor por Fidel é o que ainda mantém este último vivo.
Prémio “Sem o PP eu vou cavar batatas”
Paulo Portas
Estranho este saudável hábito dos políticos de esticar o 3º dedo. O Mussolini português adora feirantes e reformados, pela-se por ex-combatentes e colecciona fotocópias. O partido é ele e poucos mais militantes tem, só existe porque o PS e o PSD por vezes não têm maioria absoluta e lá vai o Paulinho afinar a sua voz pífia de Caudilo.
Prémio “Deste ovo não sei que ave vai sair”
Barack Obama
Uma lufada de ar fresco no discurso, uma situação económica catastrófica, um renovar de esperança, uma certa inexperiência política, uma ruptura com o passado recente, uma grande incerteza quanto ao futuro.
Sem dúvida o homem do ano, um homem que sofrerá pressões dos lobbies, que será posto à prova pelas muito poderosas congregações religiosas dos EUA e pelo poder judeu que no plano económico domina o país. Terá inevitavelmente de fazer concessões restando saber o que vai restar do sonho que o levou à presidência.
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