sexta-feira, janeiro 23, 2009

Breves do "Notícias da Covilhã"


Nos últimos seis anos, Cova da Beira perdeu mais de mil habitantes

Apesar de não registar uma subida de nascimentos, Belmonte é um dos únicos concelhos, na Beira Interior, que ganhou população nos últimos seis anos, segundo o Instituto Nacional de Estatística.

Porém, também tem registos pouco famosos na Educação e nas taxas de criminalidade.Foi, sem dúvida, um caso ímpar de sucesso nos últimos seis anos na Cova da Beira. O concelho de Belmonte foi o único a aumentar a sua população neste prazo de tempo. Na Beira Interior, só o concelho Guarda seguiu esta tendência. Todos os outros perderam gente.

“Liga decide-se nas últimas cinco jornadas”
Entrevista a Hélio Sousa, treinador do Covilhã

Hélio Sousa, treinador do Covilhã, diz que a posição da equipa, neste momento, é a “merecida”, embora a qualidade do futebol praticado já pudesse ter dado mais pontos. O treinador está agradado na cidade e, caso consiga a manutenção, diz que se houver convite para renovar, os “leões” estão no topo das prioridades

Notícias da Covilhã- Quase a meio do campeonato, era esta a classificação esperada? Fa um balanço positivo? Hélio Sousa- Acho que está dentro daquilo que eram as pretensões, de modo a alcançarmos o objectivo, que passa pela manutenção. Estamos bem dentro dos objectivos, se calhar até mais do que as pessoas esperavam. É claro que para o futebol que já produzimos, se calhar, poderíamos estar numa situação mais desafogada, em termos pontuais. Mas o que fizemos até aqui foi muito bom. Estamos no caminho certo.(...)

(...)O Covilhã é adepto de um orçamento rigoroso, embora mantendo equipas competitivas. É este o caminho a seguir pelo futebol profissional?
Se as coisas forem leais, e se beneficiar quem faz as coisas honestamente, e não as equipas que prometem o que não têm, acho que o caminho que o Covilhã trilha é o certo. É fácil agora a algumas equipas, se quiserem algo mais, prometerem certas situações, não as cumprindo, mas tirando partido em termos desportivos. Se estas situações forem punidas, clubes como o Sporting da Covilhã serão cada vez mais valorizados.

Covilhã terá novos autocarros
Concurso público

Empresa espanhola Corporación Española de Transportes, SA deverá iniciar as actividades no VerãoA Covilhã terá novos transportes colectivos urbanos ainda este ano. Se tudo se desenrolar como previsto, e houver aprovação por parte do Tribunal de Contas (TC), a empresa espanhola Corporación Española de Transportes, SA deverá iniciar as actividades no Verão.

A concessão do serviço público de transportes colectivos urbanos prevê, além de novos veículos, o aumento da frequência dos transportes. “Temos que notificar agora a empresa. Depois da aprovação do TC, a empresa tem um mês para entrar em funções e transmitir aos utilizadores as alterações, que eu creio que sejam favoráveis. Haverá um aumento de circulação, com percursos descendentes e ascendentes; veículos rebaixados, menos poluentes e menos ruidosos; e haverá ainda a possibilidade de com o mesmo bilhete o utilizador possa fazer mais percursos. Isto é, um cidadão que venha, por exemplo, da Boidobra pode sair num ponto da cidade e, com o mesmo bilhete, apanhar outro autocarro”, explica João Esgalhado, vice-presidente da Câmara Municipal da Covilhã.


Em Destak

Alunos da EPABI em greve
após ameaças de senhorios

Manifestaram-se na
passada sexta-feira


Alunos queixam-se dos atrasos no pagamento dos apoios sociais, o que dificulta o assumir de encargos com rendas de casa. Escola diz que já está tudo em dia. Os alunos da EPABI (Escola Profissional de Artes da Beira Interior) estiveram em greve na passada sexta-feira, 16, concentrando-se durante todo o dia à porta da Escola. Em causa os sucessivos atrasos no pagamento dos apoios sociais.

Apesar dos pagamentos já terem sido efectuados, na noite do dia anterior, os alunos não baixaram o tom acusatório. “Só realizaram os pagamentos dez minutos depois de saberem que íamos fazer greve, o que significa que tinham o dinheiro mas não o desbloquearam. Temos dificuldades em pagar as rendas dos quartos e os outros encargos inerentes à vida do quotidiano. Os senhorios ameaçam expulsar-nos. Inicialmente disseram que os pagamentos seriam feitos ao dia 8, mas chegamos a meio do mês sem ver um cêntimo. A situação já se arrasta desde Setembro de 2008", conta João Fonseca, porta-voz dos alunos. O objectivo é "alertar o grupo GPS para os sucessivos atrasos no pagamento dos apoios aos estudantes".

Segundo João Fonseca, os directores do Grupo GPS não aparecem na Escola e não dão a cara pelos problemas. Este grupo é também o responsável pela Escola Internacional da Covilhã, onde deveria estar inserida e a funcionar a EPABI, cuja inauguração estava marcada para este ano lectivo, o que não se veio a registar.

A greve que se iniciou logo pela manhã durou até às 23 horas e terá unido mais de 90 dos cerca de 100 alunos da EPABI. Caso os pagamentos dos subsídios, que variam entre os 50 e os 350 euros, não comecem a ser pagos no início de cada mês, os alunos admitem "outras formas de protesto".

A direcção da escola recusou-se a prestar declarações sobre o assunto remetendo os esclarecimentos para um comunicado que seria tornado público, pela entidade responsável pela gestão da EPABI. No entanto, foi a direcção da Escola a explicar, por comunicado, que só durante o mês de Janeiro “será possível pedir reembolso das despesas, em virtude do sistema informático da entidade gestora, só agora permitir”. No documento pode-se ler ainda que o Programa Operacional Potencial Humano (POPH) “liquidou, até ao momento, os reembolsos relativos ao ano lectivo de 2007/08”. Relativamente ao presente ano, “a Escola apenas recebeu um pequeno adiantamento” e “desde Setembro suporta a maioria das despesas inerentes ao seu funcionamento, inclusive pagamentos a formandos”.

Contudo, Rui Fiolhais, gestor do POPH, garantiu à Agência Lusa que os pagamentos à Escola estão todos em dia. No total são 556 mil euros, entre adiantamentos e reembolsos, desde 11 de Abril de 2008. A EPABI terá alegado “dificuldades de tesouraria” aos serviços POPH, mas aquele responsável considera que “há um princípio elementar: não é admissível que haja atrasos nos pagamentos aos formandos”. Considerando ainda esse atraso como uma situação preocupante, promete que o POPH irá acompanhar a situação da Escola para garantir que os atrasos não se voltem a repetir.

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