sexta-feira, janeiro 05, 2007

Eu, a Estrela e o amor

«Fui hoje despedir-me da Serra...foi apenas um até já mas custa sempre romper o cordão umbilical. Não é fácil explicar o amor pela Estrela, tal como é impossível explicar o amor que nutrimos pela nossa mãe.
Nascidos aqui é como se uma parte de nós pertencesse ao granito, à giesta, aos regatos e sentíssemos que respiramos ao mesmo compasso e que na morte a ela regressamos.»





«Estava um dia perfeito para quem a ama, um céu azul e uma atmosfera limpa, uma temperatura quase de Março; da varanda dos carquejais admira-se até às alturas da Sierra de Gata e da Peña de Francia, já na vizinha Espanha...aqui tudo parece perto, ao alcance de um dedo temos a Gardunha, Monsanto, os planaltos da Guarda e do Sabugal e, sob os pés, a Covilhã. Um pouco mais acima e adivinham-se as alturas da Sierra de Gredos, já bem no coração de Castela.»



«Quantos terão a noção do privilégio de morar aqui, onde o horizonte não tem limites...quantos terão o privilégio de conseguir admirar o Marão e o alto da Serra de S. Mamede, já no norte alentejano, praticamente com um simples rodar da cabeça(?)...»



"Perder-se por ela ao cabo de um dia de neve ou de sol, quando as fragas são fofas e há flores entre o cervum, é das coisas inolvidáveis que pode acontecer a alguém". Miguel Torga

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