Rotunda do Rato
Este exemplar é sem dúvida a prova viva da arte e engenho dos portugueses em bem rotundar. Deus quer, o autarca sonha, o empreiteiro esfrega as mãos, a obra nasce. Após repetição até à exaustão do verbo rotundar - eu rotundo / tu rotundas / ele rotunda / nós rotundamos / vós rotundais / eles rotundam -, eis que foi concebida esta rotunda. E não se trata apenas de mais uma.
Trata-se da Rotunda do Rato, junto à Universidade da Beira Interior, na Covilhã. Construída no âmbito do Programa Pólis, terá tido um orçamento inicial de 1,3 milhões de euros (um milhão e trezentos mil euros) [!]. Não temos, no entanto, a informação de quanto terá custado realmente a rotunda.
Segundo a descrição da minha amiga Carla Bagão, autora da fotografia, o caudal da ribeira é elevado através de um longo braço metálico. A água flui assim para o centro da rotunda, com o leito da ribeira da Goldra a céu aberto. Um engenho de betão suporta o braço metálico que capta o caudal a montante, junto à antiga fábrica Alçada. Ainda segundo Carla Bagão, a profundidade da rotunda ronda os 6 metros, o que faz dela um verdadeiro poço e óptimo local para passeio de suicidas. Crianças, não se aproximem da rotunda.
Mais uma séria candidata a vencer um prémio qualquer nesta rubrica.
[Fotografia: Carla Bagão]
Podem ainda encontrar mais 2 belos exemplares:
Rotunda do Pelourinho
Rotunda do Hotel Turismo
Para além destes belos exemplares ainda falta o Autódromo de Nascar à entrada da Cova, também conhecido como Rotunda do Olival e também nesta altura do Natal como Rotunda Psicadélica.
Se tiverem uma foto melhor desta rotunda oval enviem-na para rotundas@gmail.com porque merece também concorrer a algum prémio.
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