Depois do post d’El Touché, que tanta discussão tem causado, atrevo-me a deixar esta “equação” – cavaco = retrocesso democrático.
Antes de passar aos considerandos gostava de reforçar, em forma de post, sempre mais confortável que um bitaite, a questão Cavaco = desemprego.
Apesar de muitas vezes ser referido, inclusive pelo próprio, que o julgamento das políticas de cavaco primeiro-ministro já terem sido feitas, importa relembrar que com o seu governo a flexibilização dos despedimentos foi efectivada, transformada em lei, generalizada a variadíssimos sectores, afectando numerosas famílias do nosso país. Foi ele o pai da noção “força de bloqueio”, na altura aplicada não só ao detentor do cargo a que agora se candidata, mas também ao Tribunal Constitucional. É esta é mais uma prova clara do quão defensor da nossa Constituição é o “professor”.
E daqui, relembrada mais esta questão a que seguramente juntaremos, em futuros post, mais e mais pormenores reveladores dos verdadeiros intentos e propósitos da candidatura de frente única da direita à presidência da república, gostaria de deixar algumas reflexões sobre as implicações da eleição de Aníbal, e passar a explicar a “equação” Cavaco = retrocesso democrático…
Cavaco, para além de ser o candidato do PSD/CDS é também o candidato do Belmiro, do Gonçalves, dos Mellos, dos…, de toda a oligarquia da alta finança, que nestes tempos de crise vê os seus lucros duplicar em ritmo acelerado. Que numa altura em que se deviam “democratizar” os custos da crise, se aprofunda a injustiça, aumentam as diferenças entre os grandes financeiros e a maioria do povo, duplica o número de desempregados, aumentam as barreiras ao usufruto de bens essenciais no campo da saúde, do ensino, da protecção social.
Cavaco é o candidato dos Hospitais, SA, das Lusíadas, Modernas e tantas outras universidades privadas que durante o seu mandato proliferam. Cavaco é o candidato das poupança reforma, da Segurança Social SA, da função pública residual.
Cavaco, por mais que tente esconder, é o candidato de tudo isto, aproximação grotesca ao 24 de Abril de 1974… ele é o candidato do ajuste de contas com as grandes conquistas do 25 de Abril.
Muitos máfias se têm pronunciado pela necessidade de outra revolução, esquecendo que ainda temos uma por concretizar….
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