quarta-feira, dezembro 21, 2005

Debate

Ontem ocorreu o esperado debate entre duas figuras incontornáveis da história portuguesa recente. De um lado Márinho Bolacha e do outro Aníbal (nem) Cavaco Silva. O Prof. está arrependido de ter ido ao debate e de certeza que mais debates não vai haver, nem numa eventual segunda volta. O Prof. teve mais pose de estado, sem dúvida, mas quando pressionado e instado a responder a algumas perguntas básicas de como ia diminuir o desemprego, melhorar o acesso à educação, e como iria proceder caso o governo decidisse não ir na tal 'cooperação estratégica', o Sr. Professor (Oliveira S....????) não teve resposta e teve que finalmente reconecer que não tem poder para legislar ou definir políticas e que isso cabe ao governo, e caso o governo não fosse em conversas só lhe restava demiti-lo.
Parece que desta vez o Sr. Professor (Oliveira S...???) teve que se deixar de populismos, até porque esta é a sua família política (mais ou menos como o Paulinho das feiras mas muito mais feio) e passar ao concreto. Quando se debate desta forma, não só pelo interveniente, mas essencialmente porque o debate desta feita foi-o mesmo (talvez porque era o último...) , não se pode o Sr. Professor (Oliveira S...???) ficar por aquelas frases feitas a que tem habituado os portugueses ao longo desta campanha, e 'cair na real' é por vezes duro porque o Sr. Professor (Oliveira S...???) não vai ser governo.
O Sr. Professor (Oliveira S...???) tem boa retórica e citou de cabeça até Jaques Delors(???) e leu um (UM UM UM UM UM....) artigo escrito não sei por quem no El Pais - é que a nível internacional, um artigo no El Pais é muito significativo para o homem - custou-lhe foi seleccionar qual o artigo que devia levar para esta entrevista de entre os mais de mil..., mas fora isso dele parece não ter dito nada.
Do lado do Soares pelo contrário vimos um candidato que não teve que recorrer a citações de ninguém, muito menos de outros para se autoelogiar, é que realmente ele não precisa, todos sabem o que esperar, sabem o que é uma magistratura de influência, sabem que é internacionalmente reconhecido e sabem o que esperar de futuro se for PR. Vimos também que não está caquético como muitos querem fazer passar, um defensor de sempre dos direitos humanos e sobretudo alguém que não é populista que conhece as competências do PR e que quer apenas ajudar o governo e os outros órgão de soberania, ouvindo sempre as minorias e dando-lhes voz, sem se imiscuir naquilo que deve ser a acção dos outros órgãos de soberania.
Eu lembro-me perfeitamente do Sr. Professor (Oliveira S...???) ser PM e já tinha uma consciência política formada, e por isso não me limito a ler o que dele 'unanimemente' é escrito e se diz. Eu conheci o personagem, a sua arrogância, a expressão 'cartão laranja' surgiu nessa altura, o buzinão, as cargas policiais, as forças de bloqueio, a manipulação dos órgãos de comunicação social do estado, a sua prepotência, etc., etc. Quem quer conhecer o senhor tem que se dar ao trabalho e ler não os artigos que hoje são escritos nos jornais, mas sim os que então eram escritos. Isso sim!!!
Eu por mim não vou em conversas, e tu vais?

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