Agora reparem bem no texto que acompanha a foto:
"A pequena cidade francesa de Beziers instituiu um plano de renovação urbana que passa pela destruição, por implusão, de grandes edifícios massificados. Em seu lugar surgirão prédios de menores dimensões e com mais espaços verdes e menor densidade populacional"
Fascinado com esta notícia, decidi pesquisar um pouco mais sobre esta pequena cidade. Aqui fiquei a saber que esta pequena cidade tem 69.153 habitantes... Depois aqui, no site oficial desta pequena cidade, fiquei a conhecer um pouco mais sobre esta localidade e sobre a demolição dos referidos edifícios...
Aqui estão eles antes da demolição:
Não vos faz recordar nada? A mim fez-me logo recordar o belo do pseudo-planeamento urbanístico que se está a levar avante na zona pseudo-nova da nossa cidade da Covilhã.
É interessante como numa "pequena cidade" francesa, existe esta preocupação pela cidade, se reconhecem erros do passado e se corrigem para um futuro com maior qualidade de vida.
Conceitos como "prédios de menores dimensões e com mais espaços verdes e menor densidade populacional" são itens que na nossa cidade parece que não existem, ou será que existem?
O que eu ainda acho mais interessante no meio disto tudo são as declarações que o sr presidente da CMC proferiu numa das sessões “Câmara em Directo" e que vieram publicadas no Diário XXI (em 18 de Outubro de 2006) e que pode ler aqui e que aproveito para transcrever este pedaço:
"Acompanhado pelos vereadores da maioria (Joaquim Matias, Vítor Marques, João Esgalhado e Luís Barreiros) e por técnicos da autarquia, Carlos Pinto começou por afirmar que “não é por ser nova que a área em análise não tem problemas”, referindo-se concretamente à Avenida da ANIL, que registou um crescimento urbanístico e populacional invulgar.“Há aqui problemas, sobretudo ao nível do estacionamento, que vão ser resolvidos através da reformulação dos passeios”, para permitir estacionamento em espinha e a colocação de semáforos em todas as transversais, desde a rotunda do Operário até ao pavilhão da ANIL. “Queremos garantir maior tranquilidade a quem ali vive”, justificou o autarca, que anunciou ainda o alargamento do TCT para quatro faixas de rodagem, entre o Serra Shopping e o cruzamento com a Alameda Pêro da Covilhã (junto à Citroën)."
Que é que se viu até agora? Mais e mais construção!
Porque é que depois de ter proferido tais declarações, o sr presidente da CMC não fez nenhuma revisão a nível do planeamento para aquela zona da cidade?! Talvez porque não tenha sido do seu "interesse"...
Enquanto isso acontece, lá teremos que continuar a ver edifícios a "nascer como cogumelos" e que dificilmente serão ocupados! Mas isso não interessa para nada. O que interessa é receber o dinheirinho das licenças de construção dos edifícios e assistir a esta pouca vergonha que a Câmara Municipal da Covilhã está a "patrocinar"! Cá estaremos para ver os problemas que estão a ser gerados com esta falta de planeamento que está em marcha...
Enquanto isso, contentemo-nos por haver cidades na Europa, que têm a sensibilidade de demolir e "apagar" erros do passado, enquanto que na nossa pequena cidade, onde a taxa de desemprego é a que é, onde a única política que funciona é a do Cartão do Idoso, onde os jovens têm que ir para fora por falta de oportunidades, onde o centro histórico está completamente degradado e desertificado, onde... onde... onde... existe uma pequena "ilha", a que se chama "zona nova da cidade" que é o principal foco de especulação imobiliária de toda a Beira Interior.
Como nota de fim de post, deixo-vos o video da demolição dos edíficios lá em França, e alimento a esperança que um dia algo semelhante possa acontecer a muitos edifícios que se fizeram no passado na nossa cidade (edif. antiga EDP, torre sto antónio, etc) e que se estão a fazer actualmente (edifícios atlântico, pacífico, cristal, muitos da zona da anil)...
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