quarta-feira, novembro 07, 2007

Covilhã: Arqueologia industrial em debate na quinta-feira

Cerca de quatro dezenas de eleitos e técnicos culturais do continente europeu reúnem-se a partir de quinta-feira na Covilhã para discutir a arqueologia industrial, num concelho que é considerado exemplar nesta matéria.

«Nós quisemos receber esta iniciativa porque penso que temos algo para mostrar aos nossos parceiros», afirmou à Agência Lusa Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã, referindo-se a mais uma iniciativa da associação Les Rencontres, uma estrutura europeia que reúne representantes ligados à cultura do continente para discutir estratégias de promoção locais e regionais.

«Temos uma ligação de há muitos anos a esta estrutura de âmbito europeu» e «aproveitámos a presidência portuguesa da União Europeia» para realizar o encontro em Portugal, que constitui também o «reconhecimento pelo nosso grande esforço de recuperação do património industrial», explicou o autarca.

A aposta na preservação dos saberes da indústria começou há alguns anos com a abertura do Museu dos Lanifícios e agora a autarquia prevê a inauguração de três novos espaços museológicos até 2009 para consolidar este projecto.

«Somos uma cidade industrial pombalina» e, «além dos museus», existe um «esforço de recuperação do património e dos edifícios», explicou o autarca.

A crise dos anos 70 e 80 parece já ter passado e actualmente, a Covilhã produz «mais tecido do que há 40 anos», possuindo o «primeiro grupo industrial de lanifícios» da Europa.

Por outro lado, a concentração das empresas permitiu uma aposta nos mercados internacionais e «conseguimos fugir à concorrência dos produtos baratos da China porque apostamos na qualidade».

Além disso, a autarquia tem vindo a desenvolver um parque de ciência e tecnologia que conta com mais três dezenas de empresas que respondem às necessidades de investigação do sector, acrescentou Carlos Pinto.

Por seu turno, Elisa Pinheiro, directora do museu dos Lanifícios da Covilhã, recordou que é a tradição industrial do concelho que lhe confere uma «singularidade particular» no contexto internacional.

«O nosso património tem um grande relevo em termos europeus e o nosso trabalho de preservação e recuperação tem sido reconhecido a vários níveis», salientou Elisa Pinheiro.

Diário Digital

Há aqui uma coisa que particularmente não percebo e que são as mais de 30 empresas do Parkurbis que fazem investigação para o sector dos têxteis...

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