segunda-feira, janeiro 22, 2007

Câmara diz que venda da Águas da Covilhã é de interesse público

A Câmara da Covilhã declarou, oficialmente, na sexta-feira, que a entrada de um parceiro privado no capital da empresa municipal de abastecimento de água é de interesse público. A consideração faz parte da declaração que a maioria social-democrata aprovou na reunião do executivo – com os votos contra dos vereadores do PS – e que se destina a contrariar a providência cautelar que o Bloco de Esquerda (BE) fez entrar no Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco, com o objectivo de impedir a autarquia de vender 49 por cento da Águas da Covilhã (AdC).

“Infundada e injustificada para além de clamorosamente gravosa para o interesse público”, é como a declaração define a providência dos bloquistas. No texto da declaração, lido por Carlos Pinto durante a sessão pública, é dito que só com a entrada de um parceiro privado, a AdC poderá prestar um serviço de qualidade a todos os níveis.

“O município tem necessidade de realizar investimentos muito avultados para conseguir este desiderato, ou seja para optimizar a gestão e a exploração dos referidos serviços, para garantir a qualidade ambiental do município e para garantir ainda, como tem sido até aqui, o fornecimento de água aos munícipes em óptimas condições de higiene e salubridade considerando as novas carências e o desenvolvimento urbano das freguesias que o município compreende”, explicou o presidente da Câmara da Covilhã, calculando serem necessários “investimentos na ordem dos 10 milhões de euros”.

“Valores que o município da Covilhã obviamente não dispõe e que, com as novas limitações orçamentais no regime das finanças locais, não consegue nem pode obter. Pelo que a alienação da parte do capital da empresa pública, transformando-a em empresa de capitais maioritariamente públicos, para além de possibilitar a entrada de capital no município, vai sobretudo dotá-la de novas formas de gestão”, acrescentou.

Diário XXI

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