segunda-feira, janeiro 16, 2006

Dar sentido ao voto


Depois de ao longo das últimas semanas termos vindo (vários máfias assim se expressaram) a lembrar as ligações perigosas de cavaco, apoiado pelo alberto joão jardim e carlos pinto, mas também pelo belmiro & companhia e de ser este o candidato dos ricos e poderosos, de ter um passado de em que a repressão foi uma realidade e na qual os caminhos que traçou para o país se terem relevado desastrosos (privatizações de sectores fundamentais, destruição da capacidade produtiva…) gostava de deixar uma opinião sobre o que entendo ser um voto consciente, com sentido e efeitos palpáveis…

O objectivo fundamental nestas eleiçõe - derrotar a arrogância e a pessoa que neste acto eleitoral tem o apoio da grande finança (que lhe paga a campanha com a perspectiva de recolher benesses no futuro), vai ser conseguido votando em qualquer outra candidatura. Mas, entre as outras cinco candidaturas, há diferenças, não só as evidentes (pessoais) mas de projecto e posicionamento face aos desafios do país.



Neste campo, um voto que defende e procura aprofundar a nossa Constituição é em Jerónimo de Sousa, defendendo o direito ao trabalho e de quem trabalha, de romper democraticamente com o actual estado de coisas, é um voto na esquerda e será sempre uma forma de consolidar, sem dúvidas e de forma clara, uma opção por outro rumo para Portugal, um rumo de maior justiça, de direito à protecção social, à educação e à saúde…


Mário Soares é o candidato do partido no poder, que um dia diz defender os direitos de quem trabalha e no outro avisa que os que hoje apoiam cavaco, estarão com ele na altura em que for eleito… terá outra legitimidade e “liberdade” para dizer não aos interesses corporativos desses senhores, é certo, mas dizer isto cai na ambiguidade, no erro tantas vezes cometido, de se afirmar ao lado de uns praticando políticas para os outros… já referiu que é a favor do aumento da idade da reforma e, no geral, apoia a acção ruinosa deste governo.

Manuel Alegre e Louça são, na minha opinião claro está, dois oportunistas. Como exemplo o caso da resolução da interrupção voluntária da gravidez, que há muito devia ter sido resolvida no seio da Assembleia da República, mas que os partidos a que pertencem insistem em adiar para um futuro referendo a realizar em data incerta…

Garcia Pereira é o eterno revoltado, ao demonstrar o seu apoio a Manuel Alegre disse tudo, quando sabemos o que Alegre pensa em relação à acção do actual elenco governativo e aquilo que Garcia diz pensar…

Fica portanto este apelo, na certeza que com o voto na candidatura de Jerónimo de Sousa não só se derrota uma política, como se consolida outra em que os interesses da minoria não prevalecerão sobre os da larga maioria da população!

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