"Chamamos hoje a atenção dos condóminos e dos espíritos mais distraídos, para a ponte que está a ser construída no vale sobre a ribeira que dá nome a este blogue."
http://www.carpinteira.blogspot.com/
"Um vale, onde a vida e a memória há muito partiram; ali restam apenas pedaços de fábricas passadas, restos de uma cidade ferida na alma, e uma ribeira que agoniza na lentidão dos dias como fios dispersos que desenharam e coloriram o tempo e o espaço. Deixemos por ora a poesia.
Nada nos move contra as pontes, nem contra as obras do regime, tão higienicamente edificadas na paróquia. Mas esta ideia de construir uma ponte num sítio, onde nenhum fluxo pedonal o justifica, só pode ser mais uma arenga fabulosa em prol das maravilhas mil do património pós moderno covilhanense. Ou melhor, é mais um exercício de estilo, cuidadosamente elaborado por zelosos gestores do dinheiro alheio, sempre imbuídos do doméstico espírito de sacrifício que vai impedindo a Covilhã de descolar da civilização.
A ponte sobre a ribeira da Carpinteira, que vai ligar os Penedos Altos à Rua Marquês D’Ávila e Bolama, é um disparate com custos elevados para o utilizador; para além de não constituir no momento, uma obra prioritária para Covilhã, vai mutilar uma das marcas distintivas que Ferreira de Castro cantou em A Lã e a Neve."
Continuamos a rir com a dificuldade do costume.
Nada nos move contra as pontes, nem contra as obras do regime, tão higienicamente edificadas na paróquia. Mas esta ideia de construir uma ponte num sítio, onde nenhum fluxo pedonal o justifica, só pode ser mais uma arenga fabulosa em prol das maravilhas mil do património pós moderno covilhanense. Ou melhor, é mais um exercício de estilo, cuidadosamente elaborado por zelosos gestores do dinheiro alheio, sempre imbuídos do doméstico espírito de sacrifício que vai impedindo a Covilhã de descolar da civilização.
A ponte sobre a ribeira da Carpinteira, que vai ligar os Penedos Altos à Rua Marquês D’Ávila e Bolama, é um disparate com custos elevados para o utilizador; para além de não constituir no momento, uma obra prioritária para Covilhã, vai mutilar uma das marcas distintivas que Ferreira de Castro cantou em A Lã e a Neve."
Continuamos a rir com a dificuldade do costume.
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