Um estudo realizado nos últimos quatro anos em escolas de vários pontos do país chegou a conclusões preocupantes. O trabalho serviu “para determinar a existência de gás radão nas instalações”. Segundo Alcides Pereira, coordenador da equipa do Laboratório de Radioactividade Natural da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, responsável pelo estudo, foram avaliadas meia centena de escolas. Os estabelecimentos estão distribuídos pelos distritos de Vila Real, Viseu, Guarda, Coimbra e Castelo Branco. De acordo com o responsável, “os valores mais preocupantes de radão foram registados, na sua maioria, em estabelecimentos de ensino localizados na Beira Interior”.
A análise dos resultados obtidos permitiu verificar que “em 30 por cento dos casos os valores estavam acima do limite disposto na legislação nacional sobre a qualidade do ar em edifícios públicos (400 Bq.m-3), em 11 por cento dos locais a concentração de gás radão ultrapassava 1000 Bq.m-3”. Chegou mesmo a ser encontrado um valor de 2796 Bq.m-3, o máximo registado.
“Não é uma situação inesperada”, admitiu Alcides Pereira à Agência Lusa, considerando que “a área do Interior tem esse problema, onde as concentrações de radão são mais elevadas”.
(...)
Granito esconde perigo
Os distritos mais críticos são Braga, Vila Real, Porto, Guarda, Viseu, Castelo Branco e Portalegre (Serra de São Mamede), por terem solos graníticos. A concentração de radão no interior dos edifícios deve-se, na maioria dos casos, à sua libertação natural através do solo. Daí que os níveis mais elevados se verifiquem na cave e no primeiro andar das habitações. Mas os materiais de construção, como a pedra e a areia utilizada na argamassa, também têm influência. Apesar de haver algum receio em relação às bancadas de granito das cozinhas, não foram verificados problemas nas casas analisadas. Para esta utilização são seleccionados blocos de rocha sem fracturas, o que minimiza a libertação de radão. Seja como for, quem tiver habitações com bastantes elementos em granito, como uma parede revestida por este material, terá todo o interesse em conhecer as concentrações de radão na sua casa.
Diário XXI
A análise dos resultados obtidos permitiu verificar que “em 30 por cento dos casos os valores estavam acima do limite disposto na legislação nacional sobre a qualidade do ar em edifícios públicos (400 Bq.m-3), em 11 por cento dos locais a concentração de gás radão ultrapassava 1000 Bq.m-3”. Chegou mesmo a ser encontrado um valor de 2796 Bq.m-3, o máximo registado.
“Não é uma situação inesperada”, admitiu Alcides Pereira à Agência Lusa, considerando que “a área do Interior tem esse problema, onde as concentrações de radão são mais elevadas”.
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Granito esconde perigo
Os distritos mais críticos são Braga, Vila Real, Porto, Guarda, Viseu, Castelo Branco e Portalegre (Serra de São Mamede), por terem solos graníticos. A concentração de radão no interior dos edifícios deve-se, na maioria dos casos, à sua libertação natural através do solo. Daí que os níveis mais elevados se verifiquem na cave e no primeiro andar das habitações. Mas os materiais de construção, como a pedra e a areia utilizada na argamassa, também têm influência. Apesar de haver algum receio em relação às bancadas de granito das cozinhas, não foram verificados problemas nas casas analisadas. Para esta utilização são seleccionados blocos de rocha sem fracturas, o que minimiza a libertação de radão. Seja como for, quem tiver habitações com bastantes elementos em granito, como uma parede revestida por este material, terá todo o interesse em conhecer as concentrações de radão na sua casa.
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