“Memórias de Branca Dias” é um monólogo, onde Branca Dias retrata o povo português no Novo Mundo (Pernambuco/Brasil)no século XVI. Branca Dias é uma mulher universal, uma matriarca, “a mãe de todos nós”.
Síntese de misturas culturais, revela-se uma personagem sábia, possuindo uma simbiose das culturas judaica,cristã,portuguesa e brasílica.
Sobre o espectáculo:
Uma acção inicial, pôr a mesa para a refeição de sábado, é interrompida pelas memórias que irão suceder-se como flashes,obedecendo não a uma lógica cronológica, mas sim a um alógica emocional e afectiva.
Assim, Branca Dias transfigura-se, não só nas diferentes personagens com quem imaginariamente contracena, como se transfigura em si mesma.
Pensamentos, emoções e sensações remetem Branca Dias para o passado - por exemplo, a água que escorre pelo seu peito acorda-lhe a memória do corpo quando foi amada pela primeria vez, as roupas que arruma na arca despertam-lhe a memória da cama em que morreu o seu marido…
“…viver é sofrer, e rezar para não sofrer mais, e de vez em quando sai-nos uma grande alegria, é a felicidade.”
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