"Apoio moral", disse ele
Quando conduzo ouço rádio (TSF , Antena 1 e Antena 2, conforme o meu estado de espírito). Hoje, porém, fui parar ao Rádio Altitude, quando distraidamente carreguei no comando que está ao lado do volante. Ainda bem, porque isso permitiu-me ouvir as declarações do director da Coficab, uma empresa tunisina instalada na Guarda. João Cardoso, o director, seco e directo, declarou que a Guarda não tem tido capacidade de atrair investimentos, ao contrário de cidades vizinhas. Deu exemplos elucidativos.
Contou que a sua empresa teve que pagar o terreno a "preços comerciais" e mesmo um ramal de ligação eléctrica até à subestação eléctrica da EDP, do IPG até Vale de Estrela. Disse ele que nunca teve apoio "físico" (leia-se dinheiro) da Guarda, reconhecendo, porém, que teve apoio "moral" (?). Comparou a Guarda com outras cidades, onde parece haver apoio à instalação de empresas. Foi o que aconteceu, agora, com uma empresa irmã da Coficab - mas na área alimentar- que acabou por se instalar na Covilhã, onde houve o tal apoio "físico". O apoio "moral", como sabemos, pouco interessa aos investidores capitalistas. Cardoso disse-o com todas as letras: A que propósito é que uma empresa se fixará na Guarda se não houver da parte da autarquia um apoio substancial? Especialmente se Covilhã, Castelo Branco ou Viseu têm práticas de contínuo auxílio ao investimento.
Cardoso é um daqueles gestores (competente, por sinal) que usam uma linguagem que está a milhas da que uso. Para eles, primeiro, o dinheiro. E depois as pessoas, meros instrumentos de acesso ao lucro (explicou que na Guarda "são mais baratas" do que, por exemplo, Salamanca, onde pensou instalar a "sua" empresa). E quando já não obtêm dividendos nesta ou naquela terra... partem para outra, tratando os trabalhadores como algo "descartável". Moral? Nenhuma.
Apesar da linguagem e das intenções da sua acção, Cardoso disse o que todos sabemos (e que às vezes não verbalizamos, para não contribuirmos para o desânimo): a Guarda deve procurar mecanismos de atractividade de empresas; a Guarda deve apoiar a criação de mais postos de trabalho. Junto, da minha lavra: a Guarda deve apoiar a instalação de empresas de gestão humanista e respeitadoras da dignidade dos cidadãos e das terras. Ao mesmo tempo que deve investir noutros sectores que melhorem a qualidade de vida.
Contou que a sua empresa teve que pagar o terreno a "preços comerciais" e mesmo um ramal de ligação eléctrica até à subestação eléctrica da EDP, do IPG até Vale de Estrela. Disse ele que nunca teve apoio "físico" (leia-se dinheiro) da Guarda, reconhecendo, porém, que teve apoio "moral" (?). Comparou a Guarda com outras cidades, onde parece haver apoio à instalação de empresas. Foi o que aconteceu, agora, com uma empresa irmã da Coficab - mas na área alimentar- que acabou por se instalar na Covilhã, onde houve o tal apoio "físico". O apoio "moral", como sabemos, pouco interessa aos investidores capitalistas. Cardoso disse-o com todas as letras: A que propósito é que uma empresa se fixará na Guarda se não houver da parte da autarquia um apoio substancial? Especialmente se Covilhã, Castelo Branco ou Viseu têm práticas de contínuo auxílio ao investimento.
Cardoso é um daqueles gestores (competente, por sinal) que usam uma linguagem que está a milhas da que uso. Para eles, primeiro, o dinheiro. E depois as pessoas, meros instrumentos de acesso ao lucro (explicou que na Guarda "são mais baratas" do que, por exemplo, Salamanca, onde pensou instalar a "sua" empresa). E quando já não obtêm dividendos nesta ou naquela terra... partem para outra, tratando os trabalhadores como algo "descartável". Moral? Nenhuma.
Apesar da linguagem e das intenções da sua acção, Cardoso disse o que todos sabemos (e que às vezes não verbalizamos, para não contribuirmos para o desânimo): a Guarda deve procurar mecanismos de atractividade de empresas; a Guarda deve apoiar a criação de mais postos de trabalho. Junto, da minha lavra: a Guarda deve apoiar a instalação de empresas de gestão humanista e respeitadoras da dignidade dos cidadãos e das terras. Ao mesmo tempo que deve investir noutros sectores que melhorem a qualidade de vida.
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