A Covilhã foi, outrora, conhecida como a Manchester portuguesa, devido ao peso da indústria. Hoje, os caminhos da afirmação são outros. O têxtil ainda lhe está no coração, mas as novas tecnologias estão a redefinir a urbe: UBI, Parkurbis, Ubimedical e o centro de dados da PT fazem parte da nova face da cidade
AS CIDADES nascem e vivem. Definem-se, forjam a identidade, ganham estatuto, debatem-se, superam-se e recriam-se. Por isso, para muitas, a morte não é opção. Apenas nascem e vivem e nessa vida redefinem-se para não olharem de frente para outros horizontes que não sejam os da esperança.
Nesse trajecto, nesse reabrir de caminhos, nas vanguardas que transformam nomes de cidades em lombadas de livros de história, estão os séculos que passam. Há um longo caminho percorrido onde o carácter da urbe se define, onde os ciclos que se abrem e encerram. Mas nunca definitivamente. A Manchester portuguesa, velho cognome que a Covilhã ostentou remete-nos para o seu pesado e intenso passado industrial. Para o têxtil, que fez desta cidade um dos pólos industriais cimeiros de um país que nunca conheceu uma verdadeira revolução industrial. Mas, à nossa escala, a Covilhã esteve nessa vanguarda, no desfiar do fio de lã por entre os teares que foram manuais e que se tornaram mecânicos. Foi essa Covilhã a vapor que fervilhou em lutas laborais, que incubou movimentos e lutas sociais. A Covilhã dos operários e dos industriais; a Covilhã dos jornais de classe, do “O Intrépido”, “O Dever”” ou “O Trabalho”.
Hoje, ainda ecoa um pulsar do passado. Os teares deixaram herança e a cidade não se desprendeu totalmente desse seu intenso existir. Ficaram outros fulgores, outras virtudes, outras fábricas. Menos, mas os teares ainda se pronunciam na sua cidade. A Manchester portuguesa é, hoje, a velha Manchester portuguesa. Milhares de metros quadrados de fábricas recolheram-se para outros destinos, novos desígnios. Chegou, em boa hora, a Universidade da Beira Interior, que ocupou parte dessa herança. No legado, por entre os muros e paredes das fábricas consumidas pelo tempo, cresceu uma universidade que hoje tem cerca de seis mil alunos. Um novo fôlego que a cidade conheceu ainda na década de 80 do século passado. Depois, assistiu ao crescimento e à consolidação do ensino superior, que foi uma preciosa alavanca para reerguer a Covilhã e continuar a trilhar o seu caminho. E hoje é uma das marcas de prestígio da cidade. As velhas fábricas são as novas tecedoras de saberes. De outros saberes. Lá dentro, estudantes e professores levam o testemunho. No interior deste Portugal, em plena Cova da Beira lavra-se o futuro.
Leia todo o Grande Tema na edição semanal, com reportagem e entrevistas ao reitor da UBI e ao autarca Carlos Pinto.
JF
Nesse trajecto, nesse reabrir de caminhos, nas vanguardas que transformam nomes de cidades em lombadas de livros de história, estão os séculos que passam. Há um longo caminho percorrido onde o carácter da urbe se define, onde os ciclos que se abrem e encerram. Mas nunca definitivamente. A Manchester portuguesa, velho cognome que a Covilhã ostentou remete-nos para o seu pesado e intenso passado industrial. Para o têxtil, que fez desta cidade um dos pólos industriais cimeiros de um país que nunca conheceu uma verdadeira revolução industrial. Mas, à nossa escala, a Covilhã esteve nessa vanguarda, no desfiar do fio de lã por entre os teares que foram manuais e que se tornaram mecânicos. Foi essa Covilhã a vapor que fervilhou em lutas laborais, que incubou movimentos e lutas sociais. A Covilhã dos operários e dos industriais; a Covilhã dos jornais de classe, do “O Intrépido”, “O Dever”” ou “O Trabalho”.
Hoje, ainda ecoa um pulsar do passado. Os teares deixaram herança e a cidade não se desprendeu totalmente desse seu intenso existir. Ficaram outros fulgores, outras virtudes, outras fábricas. Menos, mas os teares ainda se pronunciam na sua cidade. A Manchester portuguesa é, hoje, a velha Manchester portuguesa. Milhares de metros quadrados de fábricas recolheram-se para outros destinos, novos desígnios. Chegou, em boa hora, a Universidade da Beira Interior, que ocupou parte dessa herança. No legado, por entre os muros e paredes das fábricas consumidas pelo tempo, cresceu uma universidade que hoje tem cerca de seis mil alunos. Um novo fôlego que a cidade conheceu ainda na década de 80 do século passado. Depois, assistiu ao crescimento e à consolidação do ensino superior, que foi uma preciosa alavanca para reerguer a Covilhã e continuar a trilhar o seu caminho. E hoje é uma das marcas de prestígio da cidade. As velhas fábricas são as novas tecedoras de saberes. De outros saberes. Lá dentro, estudantes e professores levam o testemunho. No interior deste Portugal, em plena Cova da Beira lavra-se o futuro.
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JF
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