O diálogo exercido na frescura do tempo manifesta-se no mundo real a partir de imagens ofuscadas que permitem a visualização do pretérito de uma terra que se situa na raia portuguesa. Falamos do granito duro e estrondoso de Penamacor. Fica ali, na montanha fértil, onde os seus habitantes resistem ao vazio de uma vila autêntica de afectos. Ao deambular-se pelas ruas majestosas encontramos o eco dos sentidos que se deleitam na consciência de um povo anónimo. Sob, o seu manto, respiramos aromas e uma musicalidade de símbolos, bem como, uma força exercida na verdade e na inteireza de vocábulos manifestados de absoluta magia.
Sophia de Mello Brayner respira desse ambiente natural, tal como o autor destas representações, erguendo na presença das coisas a “felicidade nua e inteira” numa aliança permanente entre o mundo e o mar de giestas bravias marcadas de simbologia estonteante.
Aqui, em Penamacor, recuperamos trilhos do contrabando que nos remete para uma infância perdida de templos vadios e, ao mesmo tempo, austeros de alegorias da nossa existência, permitindo-nos oscular o princípio de todas as fragilidades do ser humano.
Carlos Pimentel foi o guia desta viagem anónima pelo silêncio deste Interior profundo, onde se joga, coaduna os quatro elementos na lente personalizada deste fotografo Alentejano. Penamacor – Imagens sem tempo é o nome desta exposição que retrata sítios e locais de um concelho repleto de segredos.
A fotografia imprime subjectivamente, sentido, força física e espaços dessacralizados de realismo numa cuidada mediação na (re)construção na celebração da vida. O vento, a luz, a água celebra nos rostos bravios, as sombras e os segredos de liberdade que sacodem a solidão da velha torre de menagem. Porém, no ventre desta vila espreitamos pessoas valentes, desconfiadas num silêncio espantoso e penetrante que nos entrelaça entre o Eu e a sol do amanhecer.
O verdadeiro caminho situa-se nos versos vadios das origens do seu clarão encoberto no “cumprir do seu “ser”. É, verdadeiramente, um terreno sagrado apinhado de conflitos mansos e serenos. Terra sem pecados! A sua alma reflecte história e estórias de vida. Pelo contrário, nas cidades confusas solta-se uma máscara obstinada de negro, sem verdade… invadida de corrupção de sujeitos confusos. Ou seja, “Ó vida suja, hostil, inutilmente gasta.”
Quem procura Penamacor deseja conhecer as pedras, as árvores, as veredas, as casas, os monumentos, as mulheres enlutadas, mas sobretudo, espanto. Por esse motivo, venha conhecer a exposição que está patente na Câmara Municipal de Penamacor, cujo título: Penamacor – Imagens sem tempo.
AUTOR: Pedro Silveira
Sophia de Mello Brayner respira desse ambiente natural, tal como o autor destas representações, erguendo na presença das coisas a “felicidade nua e inteira” numa aliança permanente entre o mundo e o mar de giestas bravias marcadas de simbologia estonteante.
Aqui, em Penamacor, recuperamos trilhos do contrabando que nos remete para uma infância perdida de templos vadios e, ao mesmo tempo, austeros de alegorias da nossa existência, permitindo-nos oscular o princípio de todas as fragilidades do ser humano.
Carlos Pimentel foi o guia desta viagem anónima pelo silêncio deste Interior profundo, onde se joga, coaduna os quatro elementos na lente personalizada deste fotografo Alentejano. Penamacor – Imagens sem tempo é o nome desta exposição que retrata sítios e locais de um concelho repleto de segredos.
A fotografia imprime subjectivamente, sentido, força física e espaços dessacralizados de realismo numa cuidada mediação na (re)construção na celebração da vida. O vento, a luz, a água celebra nos rostos bravios, as sombras e os segredos de liberdade que sacodem a solidão da velha torre de menagem. Porém, no ventre desta vila espreitamos pessoas valentes, desconfiadas num silêncio espantoso e penetrante que nos entrelaça entre o Eu e a sol do amanhecer.
O verdadeiro caminho situa-se nos versos vadios das origens do seu clarão encoberto no “cumprir do seu “ser”. É, verdadeiramente, um terreno sagrado apinhado de conflitos mansos e serenos. Terra sem pecados! A sua alma reflecte história e estórias de vida. Pelo contrário, nas cidades confusas solta-se uma máscara obstinada de negro, sem verdade… invadida de corrupção de sujeitos confusos. Ou seja, “Ó vida suja, hostil, inutilmente gasta.”
Quem procura Penamacor deseja conhecer as pedras, as árvores, as veredas, as casas, os monumentos, as mulheres enlutadas, mas sobretudo, espanto. Por esse motivo, venha conhecer a exposição que está patente na Câmara Municipal de Penamacor, cujo título: Penamacor – Imagens sem tempo.
AUTOR: Pedro Silveira
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