quarta-feira, maio 02, 2007

Sr Carlos Pinto já andamos um bocadinho fartos destas situações....não!!!!!

Após os relatos de uns amigos meus pescadores, acerca da existência de um esgoto a céu aberto na ribeira da Bouça/Cortes, achei que era meu dever constatar se esses relatos correspondiam ou não à realidade.

Durante um breve passeio neste cenário idílico (embora já com um cheiro no ar algo denunciador e com água da ribeira com cor acinzentada e turva), para a minha surpresa, eis que surge este “imbróglio ambiental” mesmo à minha frente (as imagens são esclarecedoras).

O cheiro era nauseabundo, insuportável ao ponto de ser forçado a usar um lenço para servir de máscara, para além de não ser agradável conseguir facilmente decifrar dejectos e outros ”materiais” comprometedores.

Após uma investigação mais exaustiva do local, verifiquei que estas águas residuais provinham directamente da ETAR, nas imediações das Cortes de Baixo.

Pelo facto de não ser um técnico qualificado para avaliar estes cenários de guerra química e biológica, não posso opinar sobre o facto se a ETAR está a funcionar correctamente ou não (ou se está mesmo a funcionar). O que eu sei é que, independentemente da ETAR, as águas residuais continuam a progredir directamente para ribeira com indícios claros de tratamento inexistente ou deficiente. (para isso não é necessário um doutorado


Perante este facto, interrogo-me se esta situação se pode manter por muito mais tempo (a ribeira ainda leva água, o que disfarça. Mas imagino no Verão…pufff), em plena zona de concessão de pesca desportiva de salmonídeos (muitos pescadores capturam trutas selvagens neste tramo para consumo próprio), bem como o uso da água para a agricultura e para os saborosos banhos no Verão, principalmente na zona do Paul.

Também me constou que a ETAR do Paul sofre dos mesmos “sintomas virais”, sendo que nesta, a quantidade de águas residuais vertidas, para a mesma ribeira, é claramente superior. (Será que as ETAR´S não conseguem fazer melhor
trabalho??????)

Espero, ansiosamente, que as entidades competentes resolvam este problema com celeridade e sem as demagogias “abafadoras” habituais e típicas em Portugal.

A mim, resta-me denunciar estes cancros ocultos, que mais cedo ou mais tarde surgem quanto menos se espera, ainda para mais quando proliferam no interior do Parque Natural da Serra da Estrela. Sim sim, aquela cordilheira montanhosa a quem muitos atribuem um slogan no mínimo estupendo: “onde a Natureza vive" (mas só em alguns poucos locais)...

Cumprimentos

Ass: Vympell

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Só ouvimos Etar's pra li Etar's pra aki, projectos e tal e coiso, mas os problemas deste género continuam e estes são só os que nós sabemos, e os que chegam ao nosso conhecimento, pois provavelmente haverá muitos mais, infelizmente.

Sr Carlos Pinto um apelo, comece a responsabilizar as Juntas de Freguesia por estes atentados, elas poderão não ser as responsáveis na totalidade, mas podem ajudar a resolver estes problemas comunicando à Câmara da Covilhã ou à entidade competente que possa resolver estes problemas. Nada resolve de andar a prometer grandes Etars, enquanto isto se repete demasiadas vezes, não Sr Presidente...

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