terça-feira, maio 16, 2006

A Crise do ACM....

Crise na ACM, na Covilhã, motiva queixas dos trabalhadoresOs trabalhadores da instituição de apoio a deficientes, na Covilhã, concentraram-se ontem à porta do Centro de Emprego Protegido para reclamar três meses de salários em atraso. A direcção promete pagar até ao fim do mês, com a venda de património na Quinta da Várzea.
Os trabalhadores da Associação Cristã da Mocidade (ACM) da Beira Interior, na Covilhã, concentraram-se ontem à porta de um dos edifícios da instituição contra o atraso no pagamento de salários. A ACM da Beira Interior é uma instituição particular de solidariedade social que presta apoio a cidadãos deficientes e emprega 32 pessoas, segundo números da respectiva direcção. Segundo os mesmos números, cerca de metade são pessoas com deficiência que exercem profissões ligadas à cestaria, marcenaria e têxteis no Centro de Emprego Protegido(...)
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À ESPERA DO NEGÓCIO.Ao princípio da manhã, os funcionários concentraram-se de forma pacífica à porta do Centro de Emprego Protegido e foram depois recebidos pelo presidente da direcção, Joaquim Gaspar, e pelo presidente do Conselho Fiscal, Fernando Caldeira. “Disseram-nos que estão em vias de concretizar a venda dos imóveis na Quinta da Várzea, esperam que isso aconteça até final do mês e que depois disso nos pagam”, relata Carlos Barroca.A venda de património foi anunciada em Março último pela direcção da ACM da Beira Interior, com o objectivo de liquidar o passivo da instituição, que foi apontado pelos responsáveis como sendo superior a 500 mil euros.Segundo o presidente da instituição, Joaquim Gaspar, “os trabalhadores foram compreensivos face às dificuldades financeiras pelas quais estamos a passar, por ainda não estarmos a ser subsidiados pelo Estado”, na qualidade de IPSS. “Ate final do mês de Maio contamos regularizar os pagamentos aos trabalhadores”, concluiu.
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Instituição queixa-se do EstadoJá há um ano atrás, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) tinha denunciado atrasos no pagamento de salários. Na altura, a direcção da ACM da Beira Interior revelou estar a enfrentar sérias dificuldades financeiras, devido a atrasos do Estado no pagamento de comparticipações relativas a alguns dos jovens deficientes acolhidos na instituição.A ACM da Beira Interior é frequentada por quase 40 cidadãos com deficiência, nas suas diferentes valências: Centro de Apoio Ocupacional, Centro de Emprego Protegido e Lar Residencial.Nos últimos anos, a instituição fechou o seu Colégio de Educação Especial para deficientes, com 30 anos de existência, e a Comunidade de Montanha para Toxicodependentes.

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