segunda-feira, abril 24, 2006

ABERRAÇÃO PUBLICITÁRIA PODE SER RETIRADA


Depois de a Máfia ter manifestado insistentemente o seu repúdio e indignação relativamente ao atentado urbano-paisagístico que era a aberração publicitária das Galerias de S. Silvestre, eis que surgem as primeiras reacções oficiais, quase dois meses depois, mas que nos deixam algumas esperanças quanto à resolução da caricata situação: Ver vamos se assim será . . .
"O anúncio das Galerias de S. Silvestre, em letras vermelhas e garrafais, foi colocado sem licenciamento da Câmara da Covilhã, reconheceu na sexta-feira o presidente da autarquia, Carlos Pinto, durante a Assembleia Municipal após a interpelação de Jorge Fael, deputado da CDU.“O anúncio foi colocado antes do licenciamento”, disse o presidente da Câmara da Covilhã acrescentando que “foi considerado excessivo em relação ao ambiente em que está instalado”. Localizado no topo do novo edifício da Rua Marquês D’Avila e Bolama, no lado oposto ao Colégio das Freiras, o anúncio é visível em qualquer ponto da cidade, especialmente durante a noite. Em resposta ao deputado da CDU, o autarca afirmou que se encontra “em curso” uma contra-ordenação levantada pela autarquia ao empresário. Segundo Carlos Pinto, “decorrem negociações com o empresário [Alberto Rosa] para se encontrar a melhor solução”. De acordo com o edil, as letras poderão ser colocadas sob uma parede branca, destinada a atenuar o impacto visual. “Se a solução da parede branca não resultar a segunda hipótese é a sua retirada”.Para Jorge Fael, o anúncio colocado em Março, “atenta claramente contra o equilíbrio do meio urbano e a salvaguarda da protecção ambiental”. Uma ideia expressa no artigo 63 do Regulamento Municipal de Urbanismo e Edificação. “Os elementos publicitários a colocar no exterior de edifícios deverão ser de molde a que não perturbem a caracterização ambiental do espaço público”, bem como “deverá ser discreta, não podendo impedir a leitura dos elementos arquitectónicos caracterizadores dos edifícios”, lê-se no regulamento, disponível no sítio da Câmara da Covilhã, na Internet." (in Diario XXI)
Quanto à proposta de colocar as referidas letras sob uma parede branca, por favor, Sr. Presidente da CMC, não sei onde foi buscar tamanha absurda ideia. A Máfia dá uma ajuda, poupando trabalho aos seus conselheiros de urbanismo que nesta altura devam andar mais preocupados em saber como desbloquear a situação da Quinta do Freixo, e mostra em primeira mão, qual seria o impacto visual de uma parede branca em toda a extensão do edifício e com cerca de 3 metros de altura.

O melhor será mesmo desaparecer de vez com esta vergonha para a cidade, não lhe parece?

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