Cavaco Silva foi o primeiro Presidente da República a não levar um cravo na lapela para esta sessão solene........
O Presidente da República Cavaco Silva escolheu o combate às desigualdades sociais como tema central do seu discurso de hoje na sessão solene do 25 de Abril, propondo um «compromisso cívico» alargado para cumprir essa tarefa.
«Quero propor um compromisso cívico, um compromisso para a inclusão social, um compromisso que envolva não só as forças políticas, mas que congregue as instituições nacionais, as autarquias, as organizações da sociedade civil, dos sindicatos às associações cívicas e às instituições de solidariedade», afirmou Cavaco Silva, no seu primeiro discurso como chefe de Estado na sessão solene do 25 de Abril.
Para Cavaco Silva, «é possível identificar os problemas mais graves e substituir o combate ideológico por uma ordenação de prioridades, metas e acções».
«A elaboração do próximo Plano de Acção Nacional para a Inclusão pode ser aproveitada para uma mobilização geral, uma verdadeira campanha em prol da inclusão social», sugeriu.
Lembrando que, apesar de Portugal já ter conseguido concretizar o sonho da Revolução de Abril de ter «um Portugal livre e mais próspero», o país está ainda longe de realizar o outro desígnio determinado no 25 de Abril - dia que Cavaco Silva considera ser a «data fundadora do regime democrático» - e que é «a aspiração de maior justiça social».
«Os portugueses esperam dos políticos, que livre e democraticamente elegeram, que estejam à altura dessa exigência, que se empenhem em dar uma nova esperança aos mais desfavorecidos da nossa sociedade, que cooperem no sentido de mais facilmente poderem superar as dificuldades e naturais divergências ideológicas», apelou.
Na única referência à situação do país no seu curto discurso de oito páginas, salientou que «a melhoria da justiça social, o combate à pobreza e à exclusão exigem que o país volte a ganhar a batalha do investimento, do crescimento económico, da criação de riqueza, sem que o sonho continuará adiado».
Cavaco Silva sublinhou que, 32 anos após a revolução, «Portugal continua numa encruzilhada entre o passado e o futuro, continua a ser um país fortemente marcado pelo dualismo do seu desenvolvimento», lembrando as desigualdades entre o interior e o litoral e, sobretudo, as desigualdades sociais.
O Presidente da República deixou ainda mensagens especiais a sectores que considera mais frágeis, como os idosos, as crianças vítimas de abusos e as mulheres vítimas de violência doméstica.
«É entre a população mais idosa que encontramos as mais preocupantes situações de exclusão», disse.
Por esse motivo, Cavaco Silva defende que «o esforço que o Estado tem vindo a realizar para atenuar os efeitos deste quadro social tem de ser continuado».
«Não é moralmente legítimo pedir mais sacrifícios a quem viveu uma vida inteira de privação», alertou.
Cavaco não puxa orelhas aos deputados.....
Cavaco Silva reiterou o desafio de melhorar a qualidade e credibilidade do sistema político, retomando o repto que tinha lançado na sua tomada de posse, mas nunca se referiu directamente aos últimos episódios verificados no Parlamento, como a falta de quórum que impediu as votações antes do Parlamento encerrar durante cinco dias devido à Páscoa ou a confusa votação da Lei da Paridade devido às deficiências do sistema electrónico de votação.
«A comemoração do 25 de Abril seria uma ocasião propícia para reflectir sobre o que desejamos do nosso sistema político, o que esperamos do papel e do funcionamento dos partidos, o que é exigível do comportamento dos eleitos e demais agentes políticos, o que deve ser feito para que os cidadãos ganhem uma nova confiança e respeito pela actividade política e para que a democracia se revitalize e suscite na juventude portuguesa maior motivação e entusiasmo».
«Quero propor um compromisso cívico, um compromisso para a inclusão social, um compromisso que envolva não só as forças políticas, mas que congregue as instituições nacionais, as autarquias, as organizações da sociedade civil, dos sindicatos às associações cívicas e às instituições de solidariedade», afirmou Cavaco Silva, no seu primeiro discurso como chefe de Estado na sessão solene do 25 de Abril.
Para Cavaco Silva, «é possível identificar os problemas mais graves e substituir o combate ideológico por uma ordenação de prioridades, metas e acções».
«A elaboração do próximo Plano de Acção Nacional para a Inclusão pode ser aproveitada para uma mobilização geral, uma verdadeira campanha em prol da inclusão social», sugeriu.
Lembrando que, apesar de Portugal já ter conseguido concretizar o sonho da Revolução de Abril de ter «um Portugal livre e mais próspero», o país está ainda longe de realizar o outro desígnio determinado no 25 de Abril - dia que Cavaco Silva considera ser a «data fundadora do regime democrático» - e que é «a aspiração de maior justiça social».
«Os portugueses esperam dos políticos, que livre e democraticamente elegeram, que estejam à altura dessa exigência, que se empenhem em dar uma nova esperança aos mais desfavorecidos da nossa sociedade, que cooperem no sentido de mais facilmente poderem superar as dificuldades e naturais divergências ideológicas», apelou.
Na única referência à situação do país no seu curto discurso de oito páginas, salientou que «a melhoria da justiça social, o combate à pobreza e à exclusão exigem que o país volte a ganhar a batalha do investimento, do crescimento económico, da criação de riqueza, sem que o sonho continuará adiado».
Cavaco Silva sublinhou que, 32 anos após a revolução, «Portugal continua numa encruzilhada entre o passado e o futuro, continua a ser um país fortemente marcado pelo dualismo do seu desenvolvimento», lembrando as desigualdades entre o interior e o litoral e, sobretudo, as desigualdades sociais.
O Presidente da República deixou ainda mensagens especiais a sectores que considera mais frágeis, como os idosos, as crianças vítimas de abusos e as mulheres vítimas de violência doméstica.
«É entre a população mais idosa que encontramos as mais preocupantes situações de exclusão», disse.
Por esse motivo, Cavaco Silva defende que «o esforço que o Estado tem vindo a realizar para atenuar os efeitos deste quadro social tem de ser continuado».
«Não é moralmente legítimo pedir mais sacrifícios a quem viveu uma vida inteira de privação», alertou.
Cavaco não puxa orelhas aos deputados.....
Cavaco Silva reiterou o desafio de melhorar a qualidade e credibilidade do sistema político, retomando o repto que tinha lançado na sua tomada de posse, mas nunca se referiu directamente aos últimos episódios verificados no Parlamento, como a falta de quórum que impediu as votações antes do Parlamento encerrar durante cinco dias devido à Páscoa ou a confusa votação da Lei da Paridade devido às deficiências do sistema electrónico de votação.
«A comemoração do 25 de Abril seria uma ocasião propícia para reflectir sobre o que desejamos do nosso sistema político, o que esperamos do papel e do funcionamento dos partidos, o que é exigível do comportamento dos eleitos e demais agentes políticos, o que deve ser feito para que os cidadãos ganhem uma nova confiança e respeito pela actividade política e para que a democracia se revitalize e suscite na juventude portuguesa maior motivação e entusiasmo».
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