quinta-feira, abril 06, 2006

Divórcios com direito a festa

«Havia tantos pedidos de festas de divórcios que avançámos com a ideia», conta ao PortugalDiário, Fabiana Lima, responsável pela empresa Casamentos Originais & Eventos Originais. «Querem celebrar a liberdade», explica a empresária.

Fabiana Lima dedica-se à organização de casamentos originais desde 2005 mas, com o passar do tempo, começou a receber pedidos para outro tipo de festas «como, por exemplo, despedidas de solteira e divórcios». «A nossa intenção nunca foi separar, mas sim unir», só que perante tantos pedidos acabou por criar um departamento especial para «Eventos Originais».

E quem celebra o fim do casamento? «Recebemos mais pedidos das mulheres, porque para os homens é mais fácil fazerem uma festa com os amigos». As mulheres são diferentes e cada pedido é «analisado de forma personalizada», daí que também não exista um preço específico: «Tudo depende se é almoço ou jantar e do número de convidados».

O tipo de celebração é escolhido pelo cliente, mas a empresa propõe festas «alusivas aos anos 70, uma década marcante em termos de liberdade», explica a empresária, que também garante ao PortugalDiário recusar despedidas de solteiro ou solteira com striptease, «além de não ser original, preferimos apostar no requinte e bom gosto».

A quem celebra o divórcio, a «Eventos Originais» oferece um kit sobrevivência para «os primeiros tempos da nova vida». E que tem o kit? «Livros com dicas, chocolates, preservativos divertidos e, se for homem, latas de cerveja. É uma pequena brincadeira», concluiu Fabiana.

O Hotel de Turismo da Covilhã também organiza eventos, entre os quais, festas de divórcios. Pedro Correia, um dos responsável pela área de animação, explicou ao PortugalDiário que este não é pedido muito comum, mas que «é feito de quando em quando. Além disso, a versatilidade da oferta é importante». Da sua experiência reconhece que há cada vez mais interesse neste tipo de festa e que, «algumas vezes juntam o divórcio a outra celebração», fazendo «dois em um».

Parece que o lema «não chore, festeje», tem cada vez mais adeptos. Se tivermos em consideração que o número de casamentos tem diminuído e o número de divórcios aumentado, este pode ser um negócio com futuro.
[PortugalDiário]

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