segunda-feira, maio 31, 2010

«Um Funeral à Chuva»: as reacções na antestreia

Totalmente financiada sem o apoio do Estado, a primeira longa-metragem de Telmo Martins recolheu um consenso de opiniões positivas na antestreia em Lisboa, com o elogio à amizade a ser particularmente louvado.


Zé é hoje professor universitário. Marco, um famoso cronista de viagens. Rui é empregado num clube de vídeo e namora com Vasco. André tenta viver da música que faz e a sua irmã Susana é uma Engenheira bem-sucedida. Diana queria ser actriz, mas tornou-se um dos rostos da televisão nacional, graças ao concurso que apresenta. Em comum, têm o facto de terem partilhado a mesma experiência académica e os 10 anos de separação que prevalecem desde o momento em que saíram da Covilhã.

No dia em que João, amigo comum de todos desde os idos tempos universitários, falece, todos terão que responder ao repto que este lançou enquanto últimos desejos – que fosse enterrado na Serra da Estrela e que o grupo de antigos colegas se reunisse no dia do funeral, para que imortalizassem o momento. Mas como conseguirão os membros do grupo fazer justiça ao desejo de João neste reencontro forçado? Como recuperarão as memórias de um colega que não primou por evidenciar o seu protagonismo? E, acima de tudo, que peso terão os 10 anos que os separam?

«Um Funeral à Chuva» é uma produção invulgar no seio do cinema português: foi totalmente feita sem o apoio do Estado e de quaisquer outras entidades, sendo financiada apenas pela empresa de que é sócio o realizador, com os actores e demais participantes do filme a serem pagos com os eventuais lucros do mesmo. O responsável é o cineasta Telmo Martins, que conseguiu convencer a distribuidora Lusomundo a estrear o filme com 20 cópias, um numero impressionante para fitas nacionais.





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