segunda-feira, maio 31, 2010

Entrada de Abrantes tira Câmara do UBIMedical_Carlos Pinto diz que proejecto inicial foi desvirtuado

A Covilhã não participa em projectos para tapar exercícios politico-partidários”. É esta a explicação dada pelo presidente da autarquia serrana, Carlos Pinto, para a saída da Câmara do projecto UBIMedical, um cluster empresarial em saúde que é liderado pela UBI.




O UBI Medical é um projecto na área da investigação em saúde, da biomedicina e dos novos materiais, que no início contou com a entrada da Câmara e do Parkurbis, que acabaram por sair devido a uma “imposição”. Na última sessão do executivo covilhanense, na sexta-feira, 21, Carlos Pinto explicou que a Câmara é que iniciou o processo, há cerca de três anos, que apresentou a candidatura ao QREN, que foi aceite, mas “no mínimo”, porque segundo o autarca o Governo “priveligia Coimbra e Aveiro”. O autarca diz que mostrou essa insatisfação ao primeiro-ministro, José Sócrates, a quem escreveu, a Câmara “fez pressão para a Covilhã não ficar de fora” e as verbas acabaram por serem aprovadas. Tudo parecia correr sobre rodas, neste projecto conjunto da UBI, Câmara, Parkurbis e Siemens, até que, em Coimbra, o Reitor da UBI, João Queiroz, foi convidado a apresentar o mesmo. Uma cerimónia que despoletou a insatisfação da Câmara. Carlos Pinto conta que a autarca de Abrantes classificou como um “escândalo” a não entrada do seu município neste projecto, numa altura em que o economista Augusto Mateus já desenvolvia o estudo de um projecto para Abrantes intitulado “A23”. Abrantes acabou por ser incluído no UBIMedical, e por isso, a Câmara covilhanense saiu. “Eram dois milhões e meio de euros da responsabilidade da Câmata. Houve um desvirtuamento do projecto inicial, comunicámos que neste novo modelo não entraríamos” afirma Carlos Pinto.

O autarca diz que a autarquia e Parkurbis, apesar da saída, foram os “catalizadores” do UNIMedical e que importa é que o projecto venha para a Covilhã. Pinto lamenta que a UBI não tenha “esclarecido este assunto” e diz agora a participação da autarquia é “meramente financeira”. O autarca até põe em dúvida a entrada da Siemens no mesmo, já que diz que dos muitos contactos que teve com os responsáveis desta empresa sentiu que “estão aborrecidos” e que “não gostam destas tretas”. Apesar de tudo, “a Câmara está a fazer tudo para que a Siemens se mantenha”.


Vítor Pereira, vereador da oposição socialista, lamenta o sucedido. “Fiquei desencantado pelo não participação da Câmara” afirma.

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