Serra da Estrela: Concurso de ideias para requalificação da Torre lançado ainda este ano

A requalificação da zona da Torre, na Serra da Estrela, vai começar com um concurso de ideias a ser lançado ainda este ano, disse o presidente do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), Tito Rosa.

"Estamos a trabalhar num concurso de ideias com o Turismo de Portugal, o turismo regional e outras entidades, que deverá ser aberto certamente antes do final do ano", disse à Agência Lusa o responsável pelo ICNB, uma das entidades responsáveis pela Torre, ponto mais alto de Portugal Continental.

"Esta é uma zona nobre da serra" e o objectivo é realizar uma "intervenção ligeira", mas que requalifique os edifícios existentes, discipline a forma de visitar a Torre e mostre o resto da montanha, explicou Tito Rosa.

"Queremos acolhimento de qualidade e dar a volta à situação menos positiva de alguns edifícios e logradouros", acrescentou, numa alusão ao estado de degradação de algumas estruturas que acolhem algum comércio e restauração.

A Torre chega a receber milhares de visitantes por dia, no Inverno, por ser o único sítio do país onde é possível encontrar sempre neve nos meses mais frios.

O lançamento do concurso de ideias esteve previsto para antes do Verão, mas foi adiado para permitir "uma análise mais profunda dos objectivos e contactar mais entidades ligadas à montanha".

O caderno de encargos está a ser preparado, para que o concurso possa ser aberto, "certamente antes do final do ano", com um prémio "que será apoiado pelo Turismo de Portugal e ICNB", disse Tito Rosa.

Segundo este responsável, o concurso pretende recolher ideias "para criar espaços de visitação, lazer, educação ambiental e investigação, associados a um comércio qualificado".

Os edifícios actuais serão mantidos e requalificados e poderão ser criadas "algumas infra-estrututuras, mas será tudo muito ligeiro, na perspectiva de que a serra não possibilita grandes intervenções", acrescentou.

"Falta uma lógica de circulação e de visita à Torre. Não basta chegar aqui, estacionar o carro e ver a paisagem. É preciso perceber o que fica para baixo e saber que há mais sítios com importante valor natural para visitar", sublinhou.

Público