COMUNICADO 25 de Setembro
- Acção de Contestação/Sensibilização - B&B e 2010 Countdown no Greenfest -Centro de Congressos do Estoril
Parque "Natural" da Serra da Estrela-PNSE diz que é uma espécie de Área Protegida
- Acção de Contestação/Sensibilização - B&B e 2010 Countdown no Greenfest -Centro de Congressos do Estoril
Parque "Natural" da Serra da Estrela-PNSE diz que é uma espécie de Área Protegida
«O “mundo Idílico” das áreas de Montanha está agora a ser ameaçado por mudanças socio-económicas, aumento do impacto provocado pelo turismo e tráfego, e por mudanças no uso do solo».
(Agência Europeia para o Ambiente - 3.15 Áreas de Montanha)
Os ecossistemas de Montanha são dos mais vulneráveis ao Aquecimento Global e à pressão humana directa.
Os pólos gelados e os territórios de montanha, principalmente os de elevada altitude com piso bioclimático alpino, são considerados importantes barómetros do aquecimento climático. As espécies estão particularmente adaptadas às condições de clima frio, pelo que o aquecimento do planeta terá, e já está a ter, impactes negativos sobre os habitats e espécies dos ecossistemas de montanha.
Em países Europeus, com maiores altitudes e/ou a maiores latitudes que Portugal, algumas Estâncias de Esqui de Neve (a sua instalação e funcionamento provocam consideráveis impactes negativos directos e indirectos sobre os habitats e espécies, mas também na quantidade e/ou qualidade dos elementos, água, ar, solo e na paisagem) sentem já as consequências do efeitos do aumento de temperatura, tendo já levado ao encerramento definitivo de algumas delas, outras lutam pela sobrevivência económica (ler relatórios da Organização Mundial de Turismo - WTO; Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, OCDE e mais recentemente – Setembro 2009 - relatório técnico da Agência Europeia do Ambiente EEA sobre a região dos Alpes, e outros do sector do turismo da neve)
A fabricação de neve artificial é referido no relatório da AEA como uma gravíssima ameaça aos recursos hídricos e espécies de montanha, e de um desmesurado desgaste energético, entre outros impactes. Bancos, entidades financeiras, já não dão crédito para ampliação de estâncias abaixo de determinada altitude, bem como para a instalação de mais "canhões" para a fabricação de neve artificial (OCDE 2006). Note-se que o aquecimento global nas montanhas implica igualmente com a segurança dos seus habitantes e visitantes (aumento das avalanchas, derrocadas, aluimentos de terra), bem como na economia local que está muito dependente do turismo de Inverno. Aconselha-se o visionamento do recente filme do documentário "A Era da Estupidez", que aborda igualmente as consequências do Aquecimento Global nas montanhas dos Alpes Franceses.
Reconhecendo os inúmeros valores/potenciais naturais, culturais, paisagísticos, recreativos e económicos dos territórios de montanha, e constatando a grande vulnerabilidade daqueles face aos impactes do Turismo massificado e ao Aquecimento Global, os principais países da região dos Alpes tomaram medidas para reduzir tais impactes tais como: encerramento de estradas de altitude, desmantelamento de estâncias, teleféricos associados e instalações hoteleiras obsoletas ou espacialmente desenquadradas, diversificação de actividades sustentáveis e não sazonais, etc. Destaca-se a criação de um sistema transfronteiriço (entre a Alemanha, França, Itália, Áustria, Suíça, Eslovénia) de mobilidade sustentável de visitação para a região dos Alpes (Alpinepearls) e outras iniciativas similares.
“No País da Estupidez" - Portugal (ainda) nos antípodas da COERÊNCIA na conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável em Áreas Protegidas.
País consideravelmente montanhoso mas de baixa altitude (mas de muito menor extensão e mais baixa altitude que a vasta cordilheira dos Alpes), é, possivelmente, o único no mundo (certamente na Europa) onde no ponto mais alto do território continental, a Serra da Estrela (possui 4 estatutos de protecção Parque Natural, Rede Natura 2000, Reserva Biogenética, convenção RAMSAR, possuindo igualmente uma IBA (Important Bid Area) e zona (Planalto Central) considerada de excepcional valor para a conservação) termina numa estrada asfaltada, onde existe um parque de estacionamento (recentemente alargado e futuramente com parquímetros), existe um mini-centro comercial vendendo todo o tipo de fancaria, existe uma estância de esqui e preve-se a sua ampliação e instalação de mais canhões de neve, um bike-park, onde se fazem passagens de moda; onde ocorre uma elevada e concentrada massificação de visitantes em veículos particulares (elevada emissão de GEE que contribuem para o aquecimento global, favorecendo exponencialmente o desaparecimento de neve e gelo nas montanhas, regiões polares e solo congelado respectivamente) com nula ou muito baixa preocupação ambiental, etc. Está igualmente projectado, a instalação de um teleférico desde os Piornos até à Torre, que, para além de ser um impacte severo na paisagem, solo, elevado consumo de energia, etc, tem apenas como verdadeira objectivo, ser mais uma fonte de receitas no Verão (um atractivo carrossel para os visitantes/turistas sedentários) para a única empresa a quem foi concessionado pelo estado Português a exploração turística a partir dos 800m de altitude na SE. A preocupação de retirar os automóveis particulares da Torre (a empresa não ganha nada com isso), é o falso argumento utilizado pela empresa, para a instalação do teleférico, pois ao longo de todos estes anos esta nunca se preocupou com os impactes da sua actividade.
Centro de Interpretação da Torre, na Torre do PNSE, um grave erro estratégico na gestão da visitação de uma AP.
Incompreensivelmente, incompreensivelmente (repetição) o ICNB instalou o Centro de Interpretação da Serra da Estrela (possivelmente o de melhor qualidade em toda a rede de Áreas Protegidas) no local mais inacessível e massificado do PNSE: na Torre (a medida certa no local errado). Tal decisão foi um grave erro estratégico de ordenamento, pois irá fomentar ainda mais a concentração de visitantes nesse local (ao contrário do que o ICNB pretende) e por outro lado estará sub-aproveitado na estação de Inverno (ou seja, a visitação estará sempre dependente das condições climatéricas permitam ou não a subida ao planalto central). A visitação ao CIT (Centro de Interpretação da Torre) por quem opte visitar esta área protegida recorrendo ao uso de meio de transporte mais amigo do ambiente, como seja o comboio (ex. Lisboa-Covilhã), é praticamente impossível dado que, estando o CIT situado no local mais inacessível e afastado dos transportes públicos colectivos (deveria estar relativamente junto à principal entrada da área protegida) apenas é possível de visitar recorrendo ao uso de um táxi, pagando uma quantia exorbitante, mais caro do que uma viagem de ida de volta de Lisboa a Covilhã e por apenas 15 a min. de viagem. Será isto possível? A Ignorância é preocupante, mas a estupidez é grave!!
Por tudo isto, e também com o objectivo de igualmente continuar a denunciar a campanha falaciosa da EDP em relação às Barragens, no Fórum Biodiversidade onde ocorrerá a 1ª Assembleia Nacional de Parceiros Countdown 2010 e o Encontro das empresas de B&B Buisiness & Biodiversity (a qual a EDP também aderiu), com a sua realização integrada no Greenfest, festival de "promoção" do Desenvolvimento sustentável e Qualidade de Vida, que teve inicio a 18 e terminará a 25 de Setembro em Cascais, irei, uma vez mais (a partir das 9.00 de dia 25 no Centro de Congressos do Estoril), fazer uso do meu direito, mas também de dever de cidadania, em defesa do meio ambiente em geral e da Conservação da Natureza/Biodiversidade em particular, nomeadamente nos frágeis territórios de montanha.
1. Todos têm direito a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender.
(Constituição da Republica Portuguesa - VII Revisão Constitucional - 2005).
"Ninguém cometeu maior erro do que aquele que não fez nada só porque podia fazer muito pouco"
Edmund Burke
Os pólos gelados e os territórios de montanha, principalmente os de elevada altitude com piso bioclimático alpino, são considerados importantes barómetros do aquecimento climático. As espécies estão particularmente adaptadas às condições de clima frio, pelo que o aquecimento do planeta terá, e já está a ter, impactes negativos sobre os habitats e espécies dos ecossistemas de montanha.
Em países Europeus, com maiores altitudes e/ou a maiores latitudes que Portugal, algumas Estâncias de Esqui de Neve (a sua instalação e funcionamento provocam consideráveis impactes negativos directos e indirectos sobre os habitats e espécies, mas também na quantidade e/ou qualidade dos elementos, água, ar, solo e na paisagem) sentem já as consequências do efeitos do aumento de temperatura, tendo já levado ao encerramento definitivo de algumas delas, outras lutam pela sobrevivência económica (ler relatórios da Organização Mundial de Turismo - WTO; Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, OCDE e mais recentemente – Setembro 2009 - relatório técnico da Agência Europeia do Ambiente EEA sobre a região dos Alpes, e outros do sector do turismo da neve)
A fabricação de neve artificial é referido no relatório da AEA como uma gravíssima ameaça aos recursos hídricos e espécies de montanha, e de um desmesurado desgaste energético, entre outros impactes. Bancos, entidades financeiras, já não dão crédito para ampliação de estâncias abaixo de determinada altitude, bem como para a instalação de mais "canhões" para a fabricação de neve artificial (OCDE 2006). Note-se que o aquecimento global nas montanhas implica igualmente com a segurança dos seus habitantes e visitantes (aumento das avalanchas, derrocadas, aluimentos de terra), bem como na economia local que está muito dependente do turismo de Inverno. Aconselha-se o visionamento do recente filme do documentário "A Era da Estupidez", que aborda igualmente as consequências do Aquecimento Global nas montanhas dos Alpes Franceses.
Reconhecendo os inúmeros valores/potenciais naturais, culturais, paisagísticos, recreativos e económicos dos territórios de montanha, e constatando a grande vulnerabilidade daqueles face aos impactes do Turismo massificado e ao Aquecimento Global, os principais países da região dos Alpes tomaram medidas para reduzir tais impactes tais como: encerramento de estradas de altitude, desmantelamento de estâncias, teleféricos associados e instalações hoteleiras obsoletas ou espacialmente desenquadradas, diversificação de actividades sustentáveis e não sazonais, etc. Destaca-se a criação de um sistema transfronteiriço (entre a Alemanha, França, Itália, Áustria, Suíça, Eslovénia) de mobilidade sustentável de visitação para a região dos Alpes (Alpinepearls) e outras iniciativas similares.
“No País da Estupidez" - Portugal (ainda) nos antípodas da COERÊNCIA na conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável em Áreas Protegidas.
País consideravelmente montanhoso mas de baixa altitude (mas de muito menor extensão e mais baixa altitude que a vasta cordilheira dos Alpes), é, possivelmente, o único no mundo (certamente na Europa) onde no ponto mais alto do território continental, a Serra da Estrela (possui 4 estatutos de protecção Parque Natural, Rede Natura 2000, Reserva Biogenética, convenção RAMSAR, possuindo igualmente uma IBA (Important Bid Area) e zona (Planalto Central) considerada de excepcional valor para a conservação) termina numa estrada asfaltada, onde existe um parque de estacionamento (recentemente alargado e futuramente com parquímetros), existe um mini-centro comercial vendendo todo o tipo de fancaria, existe uma estância de esqui e preve-se a sua ampliação e instalação de mais canhões de neve, um bike-park, onde se fazem passagens de moda; onde ocorre uma elevada e concentrada massificação de visitantes em veículos particulares (elevada emissão de GEE que contribuem para o aquecimento global, favorecendo exponencialmente o desaparecimento de neve e gelo nas montanhas, regiões polares e solo congelado respectivamente) com nula ou muito baixa preocupação ambiental, etc. Está igualmente projectado, a instalação de um teleférico desde os Piornos até à Torre, que, para além de ser um impacte severo na paisagem, solo, elevado consumo de energia, etc, tem apenas como verdadeira objectivo, ser mais uma fonte de receitas no Verão (um atractivo carrossel para os visitantes/turistas sedentários) para a única empresa a quem foi concessionado pelo estado Português a exploração turística a partir dos 800m de altitude na SE. A preocupação de retirar os automóveis particulares da Torre (a empresa não ganha nada com isso), é o falso argumento utilizado pela empresa, para a instalação do teleférico, pois ao longo de todos estes anos esta nunca se preocupou com os impactes da sua actividade.
Centro de Interpretação da Torre, na Torre do PNSE, um grave erro estratégico na gestão da visitação de uma AP.
Incompreensivelmente, incompreensivelmente (repetição) o ICNB instalou o Centro de Interpretação da Serra da Estrela (possivelmente o de melhor qualidade em toda a rede de Áreas Protegidas) no local mais inacessível e massificado do PNSE: na Torre (a medida certa no local errado). Tal decisão foi um grave erro estratégico de ordenamento, pois irá fomentar ainda mais a concentração de visitantes nesse local (ao contrário do que o ICNB pretende) e por outro lado estará sub-aproveitado na estação de Inverno (ou seja, a visitação estará sempre dependente das condições climatéricas permitam ou não a subida ao planalto central). A visitação ao CIT (Centro de Interpretação da Torre) por quem opte visitar esta área protegida recorrendo ao uso de meio de transporte mais amigo do ambiente, como seja o comboio (ex. Lisboa-Covilhã), é praticamente impossível dado que, estando o CIT situado no local mais inacessível e afastado dos transportes públicos colectivos (deveria estar relativamente junto à principal entrada da área protegida) apenas é possível de visitar recorrendo ao uso de um táxi, pagando uma quantia exorbitante, mais caro do que uma viagem de ida de volta de Lisboa a Covilhã e por apenas 15 a min. de viagem. Será isto possível? A Ignorância é preocupante, mas a estupidez é grave!!
Por tudo isto, e também com o objectivo de igualmente continuar a denunciar a campanha falaciosa da EDP em relação às Barragens, no Fórum Biodiversidade onde ocorrerá a 1ª Assembleia Nacional de Parceiros Countdown 2010 e o Encontro das empresas de B&B Buisiness & Biodiversity (a qual a EDP também aderiu), com a sua realização integrada no Greenfest, festival de "promoção" do Desenvolvimento sustentável e Qualidade de Vida, que teve inicio a 18 e terminará a 25 de Setembro em Cascais, irei, uma vez mais (a partir das 9.00 de dia 25 no Centro de Congressos do Estoril), fazer uso do meu direito, mas também de dever de cidadania, em defesa do meio ambiente em geral e da Conservação da Natureza/Biodiversidade em particular, nomeadamente nos frágeis territórios de montanha.
Artigo 66.º
(Ambiente e qualidade de vida)
(Ambiente e qualidade de vida)
1. Todos têm direito a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender.
(Constituição da Republica Portuguesa - VII Revisão Constitucional - 2005).
"Ninguém cometeu maior erro do que aquele que não fez nada só porque podia fazer muito pouco"
Edmund Burke
Luis Avelar - Lisboa
961122437
961122437
Sem comentários:
Enviar um comentário