Milhões de euros em investimentos e promessa demilhares de empregos serviram para tentar enganar bancos
Dizia-se o "Príncipe da Transilvânia", prometia investimentos de milhões e empregos aos milhares com a criação de fábricas de aviões. Quatro câmaras quase foram enganadas e uma até deu terrenos. Foi preso anteontem, segunda-feira.
Tristan Gillot Bathory, 38 anos, de nacionalidade belga, não era, como se depreende, nada do que dizia ser. O seu título era falso, os milhões que dizia ter de património familiar em bancos estrangeiros não existiam e os fantásticos aviões que dizia ser capaz de produzir na fábrica "Falcon Wings" não passavam de um engodo para enganar incautos. Em 2005, apareceu em Portugal, para os lados do Alentejo, oportunamente por ocasião das autárquicas, prometendo mundos e fundos.
Em Évora, a criação de uma fábrica chegou a ser anunciada pela autarquia, que até aprovou a cedência de mais de 2 500 metros quadrados de terreno para a construção de uma fábrica. O investimento rondaria os 150 milhões de euros e poderia criar milhares de postos de trabalho.
Os anúncios de investimentos eram fundamentais para justificar pedidos de financiamento a bancos, através de garantias falsas, uma das quais de 500 milhões de euros, em 2006.
Os bancos recusaram, mas isso não obstou a que o falso príncipe ou os seus representantes tentassem de novo a sua sorte nos municípios de Arraiolos, Ponte de Sôr e Covilhã, onde viria a ser detido, no início deste ano, um seu cúmplice, também de nacionalidade belga, Christian Bernard , de 53 anos, que está preso preventivamente.
Vários particulares foram também seduzidos pelas suas promessas de investimento, proporcionando-lhe, gratuitamente, estadias e alojamento, para além de custearam supostas despesas com transporte de matérias para as novas fábricas. Tudo mentira, diz agora a Polícia.
Ontem, a Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária (PJ) anunciou a detenção do mentor do esquema que está indiciado por "suspeita da prática de vários crimes de burla qualificada, falsificação de duas garantias bancárias no montante de cento e setenta milhões de euros, branqueamento de capitais e de associação criminosa", segundo um comunicado emitido pela corporação.
O "príncipe" também já está na cadeia por ordem de um juiz. Dois cidadãos espanhóis foram também identificados e um português está constituído arguido no processo.
Numa mensagem da Internet, o "príncipe" intitula-se "o pobre mais rico do mundo" e diz que é vítima de uma conspiração de traficantes de drogas e armas.
JN
Dizia-se o "Príncipe da Transilvânia", prometia investimentos de milhões e empregos aos milhares com a criação de fábricas de aviões. Quatro câmaras quase foram enganadas e uma até deu terrenos. Foi preso anteontem, segunda-feira.
Tristan Gillot Bathory, 38 anos, de nacionalidade belga, não era, como se depreende, nada do que dizia ser. O seu título era falso, os milhões que dizia ter de património familiar em bancos estrangeiros não existiam e os fantásticos aviões que dizia ser capaz de produzir na fábrica "Falcon Wings" não passavam de um engodo para enganar incautos. Em 2005, apareceu em Portugal, para os lados do Alentejo, oportunamente por ocasião das autárquicas, prometendo mundos e fundos.
Em Évora, a criação de uma fábrica chegou a ser anunciada pela autarquia, que até aprovou a cedência de mais de 2 500 metros quadrados de terreno para a construção de uma fábrica. O investimento rondaria os 150 milhões de euros e poderia criar milhares de postos de trabalho.
Os anúncios de investimentos eram fundamentais para justificar pedidos de financiamento a bancos, através de garantias falsas, uma das quais de 500 milhões de euros, em 2006.
Os bancos recusaram, mas isso não obstou a que o falso príncipe ou os seus representantes tentassem de novo a sua sorte nos municípios de Arraiolos, Ponte de Sôr e Covilhã, onde viria a ser detido, no início deste ano, um seu cúmplice, também de nacionalidade belga, Christian Bernard , de 53 anos, que está preso preventivamente.
Vários particulares foram também seduzidos pelas suas promessas de investimento, proporcionando-lhe, gratuitamente, estadias e alojamento, para além de custearam supostas despesas com transporte de matérias para as novas fábricas. Tudo mentira, diz agora a Polícia.
Ontem, a Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária (PJ) anunciou a detenção do mentor do esquema que está indiciado por "suspeita da prática de vários crimes de burla qualificada, falsificação de duas garantias bancárias no montante de cento e setenta milhões de euros, branqueamento de capitais e de associação criminosa", segundo um comunicado emitido pela corporação.
O "príncipe" também já está na cadeia por ordem de um juiz. Dois cidadãos espanhóis foram também identificados e um português está constituído arguido no processo.
Numa mensagem da Internet, o "príncipe" intitula-se "o pobre mais rico do mundo" e diz que é vítima de uma conspiração de traficantes de drogas e armas.
JN
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