sexta-feira, dezembro 12, 2008

Breves do "Notícias da Covilhã"


Campanha “Covilhã, Cidade 5 Estrelas” posta em causa
Candidatada ao LEADER, os responsáveis pelo programa comunitário têm dúvidas sobre o cabimento da acção.

Carlos Pinto acusa a ADERES de ter feito a denúncia e garante que as suspeitas de recurso indevido a verbas não têm fundamento. “Espreme-se e não tem sumo”, frisa o presidente da autarquia

“Essa notícia não tem por onde se lhe pegue. É só uma denúncia da ADERES para ver se consegue chatear a RUDE. Só isso”. É desta forma que Carlos Pinto responde às dúvidas levantadas em torno da campanha publicitária “Covilhã, Cidade 5 Estrelas”, associada ao programa comunitário LEADER, vocacionado para o desenvolvimento dos meios rurais.


Guarda e Castelo Branco são os únicos distritos do País a terem planos de emergência distrital para nevões.

Só que, há muitos anos que existe o sonho de haver um plano único, de modo a que a supervisão da Serra não apareça dividida. Uma intenção que nunca saiu da gaveta

“Talvez fosse mais correcto haver um único plano de emergência para a Serra da Estrela”, em vez de haver um no distrito de Castelo Branco e outro na Guarda. A ideia foi deixada na passada semana pela governadora civil de Castelo Branco, Alzira Serrasqueiro. Que no entanto realça que "a protecção civil dos dois distritos tem funcionado em consonância, não tem havido problemas de coordenação".


Abriu há três anos e foi, na Beira Interior, a primeira grande área comercial a nascer.

Agora, Castelo Branco e Guarda também têm estruturas do mesmo género, mas a administração do Serra Shopping não teme a concorrência.

O Serra Shopping abriu portas ao público fez no passado dia 23 de Novembro três anos. Foi o primeiro grande centro comercial da região. Para António Parracho, director do centro, “veio tapar uma falha que havia na região e actualmente é um ponto de referência para os covilhanenses, mas também para os turistas e visitantes. A grande parte das pessoas que vai à Torre passa por cá”, garante.


Nasceu a 29 de Janeiro de 1927 na Covilhã

Faleceu ao princípio da tarde de domingo, 7, aos 81 anos

Ensaísta, cronista, romancista, memorialista, foi um católico activo na luta contra a ditadura e a guerra colonial, faleceu ao princípio da tarde de domingo, 7, aos 81 anos, na sua residência em Lisboa. António Alçada Baptista, o homem que afirmou um dia que “viver é a minha razão de escrever”, nasceu a 29 de Janeiro de 1927 na Covilhã, onde frequentou o colégio de jesuítas, tendo sido aí influenciado pelo cristianismo, e por pensadores como Emmanuel Mounier e Teillard de Chardin. Partiu rumo a Lisboa onde se formou pela Faculdade de Direito, mas apenas exerceu advocacia entre 1950 e 1957.

Nesse mesmo ano fundou a Moraes Editora, à frente da qual permaneceu até 1972. Projecto onde investiu muito do seu dinheiro e que serviu para dar voz, numa visão catolicista, à defesa da democracia e da liberdade.

“Um indisciplinador da alma que contribuiu para a consciencialização de muitos cidadãos”, definia-o Vasco Graça Moura.

Autor de obras como Peregrinação Interior – Reflexões sobre Deus (1971), Conversas com Marcello Caetano (1973), Peregrinação Interior II – O Anjo da Esperança (1982), Os Nós e os laços (romance, 1985), Catarina ou o Sabor da Maçã (novela 1988), Tia Suzana, meu amor (romance, 1989) ou O Riso de Deus (romance, 1994), Alçada Baptista admitiu ter na sua escrita uma sensibilidade feminina e ser dos poucos escritores que não tinha vergonha dos afectos. Foi também o autor de inúmeras crónicas na rádio, na televisão e em diversos jornais e revistas, para os quais escrevia assiduamente. O amor, o erotismo, Deus e a morte, mas também o irónico e o trágico, foram temáticas que lhe percorreram toda a obra.

Ligado não só às Letras mas também à política, candidatou-se, em 1961 e 1969, pela Oposição Democrática às eleições para a Assembleia Nacional. E de 1971 a 1974 ocupou o cargo de assessor para a Cultura do então ministro da Educação Nacional, Veiga Simão. Foi funcionário da Secretaria de Estado da Cultura desde 1978, tendo impulsionado a criação do Instituto Português do Livro. Viria a presidir à comissão organizadora do Instituto entre 1979 e 1985.

Em 1963, fundou a revista O Tempo e o Modo à qual se juntaram intelectuais católicos como Nuno de Bragança, Pedro Tamen, João Bénard da Costa, Alberto Vaz da Silva, Mário Murteira, Adérito Sedas Nunes, Francisco Lino Neto, Orlando de Carvalho e Mário Brochado Coelho. Periódico que, nesta altura, se destacou pela reivindicação dos valores advogados pela Vaticano II defendendo valores do personalismo cristão dos pensadores que tanto o influenciaram, Emmanuel Mounier e Teillard de Chardin.

Foi um amante da língua portuguesa e desenvolveu ao longo da sua vida um esforço na aproximação entre Portugal, Brasil e os PALOP. As suas vivências e as grandes problemáticas humanas reflectem-se na sua obra.

Sócio da Academia Brasileira de Letras, da Academia das Ciências de Lisboa, e da Academia Internacional da Cultura Portuguesa, Alçada Baptista, é, para José Manuel Mendes, presidente da Associação Portuguesa de Escritores (APE), “um intelectual que marcou uma geração que o leu, respeitou e admirou”, refere à Lusa. A escritora Lídia Jorge, ao DN diz que o autor “privilegiou a análise dos sentimentos e a defesa dos valores da transcendência e das relações humanas como poucos. Fê-lo com uma sensibilidade muito própria. Fê-lo no ensaio e no romance”.

Considerado pelos amigos como um bon-vivant, era um homem de espírito livre e lúcido. Um católico que se deixou, por momentos, “deslumbrar pelo marxismo”, como diria. “Era aberto, nada sectário. Era confidente de imensas mulheres, uma coisa raríssima num homem português. Foi um excelente escritor, cheio de sensibilidade, com uma enorme compreensão do ser humano”, afirma Urbano Tavares Rodrigues, escritor e amigo de adolescência de Alçada Baptista, ao Público.

Em 1983, foi condecorado pelo Presidente da República, Ramalho Eanes, com a Ordem Militar de Cristo, e em 1995, por Mário Soares, de quem foi colaborador, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante. Foi um protector de uma nova geração de escritores como Rita Ferro, Inês Pedrosa ou Margarida Rebelo Pinto, ao prefaciar e apresentar vários dos seus livros.

Também a Câmara da Covilhã lamentou, em comunicado, a perda de uma “figura de relevo nacional e internacional”. A autarquia diz que a Covilhã perdeu “um dos seus melhores, que sempre amou a sua terra, prestigiando-a através de uma vida em que a palavra cultura adquiriu uma dimensão superior”. E lembra que em 1999 a Câmara homenageou-o com a Medalha de Mérito Municipal, afirmando que, proximamente, a autarquia “deliberará o reconhecimento público que perpetuará a sua memória”. A bandeira do município esteve a meia haste durante três dias, em sinal de luto.

O corpo esteve em câmara ardente na Igreja das Mercês, e foi sepultado na segunda-feira, 8, no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa.


Quem não marca...
Covilhã perde no Estoril

O Sporting da Covilhã é derrotado por 3-1 no Estoril, num jogo que dominou no primeiro tempo e no qual desperdiçou soberanas oportunidades de golo. Eficácia dos "canarinhos" acabou por fazer a diferença

É a velha máxima do futebol e para muitos, uma frase batida e sem sentido. Mas, valha a verdade, há partidas em que o "quem não marca, sofre" acaba por se reflectir no final nos 90 miniutos. E o Estoril/Covilhã do passado domingo foi um desses jogos, no qual os leões desperdiçaram imenso no primeiro tempo, pagando a factura na segunda metade.

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