Obras junto a sobreiros no Tortosendo - Autarca desvaloriza polémica
'Há lá umas ramagens que só com boa vontade excessiva é que se chama àquilo um sobreiro', declarou sexta-feira o presidente da Câmara da Covilhã a propósito da polémica entrada de máquinas no parque de S. Miguel, no Tortosendo, que levou a Equipa de Protecção da Natureza e Ambiente (EPNA) da GNR a levantar um auto de notícia, por contra-ordenação, à autarquia. O auto foi levantado porque a Câmara da Covilhã ainda não possui autorização da Autoridade Florestal Nacional (AFN) para abate de um povoamento de sobreiros constituído por 364 árvores, das quais 311 são sobreiros jovens e 53 adultos.
'Não há memória que tenha havido plantações nos últimos 30 anos', disse Carlos Pinto. 'Como é que nasceram, quem é que os plantou, quem é que os identificou', questionou o autarca à margem da reunião da Assembleia Municipal extraordinária realizada sexta-feira. O autarca assegura que mais de 90 por cento dos sobreiros não têm mais de 10 centímetros e nasceram por geração espontânea, desvalorizando assim o facto da Unidade de Gestão Florestal do Pinhal Interior Sul, em Castelo Branco, ter contado e marcado os sobreiros para abate. 'Há lá sementes de sobreiros, junto a outros que se desenvolveram que não têm espaço de crescimento', disse Carlos Pinto.
'Eu quero lá saber da Autoridade Florestal Nacional, eu quero saber daquilo que vejo e daquilo que vêem as pessoas que lá estão com bom senso', a¬ rmou. 'Agora um indivíduo qualquer que está não sei onde vem dizer-me que uma ramagem de geração espontânea, porque o vento projectou as sementes, pode contar [como sobreiro]. Conte lá o que quiser', disse, garantindo que as obras irão continuar e que os sobreiros adultos serão mantidos.
'Não há memória que tenha havido plantações nos últimos 30 anos', disse Carlos Pinto. 'Como é que nasceram, quem é que os plantou, quem é que os identificou', questionou o autarca à margem da reunião da Assembleia Municipal extraordinária realizada sexta-feira. O autarca assegura que mais de 90 por cento dos sobreiros não têm mais de 10 centímetros e nasceram por geração espontânea, desvalorizando assim o facto da Unidade de Gestão Florestal do Pinhal Interior Sul, em Castelo Branco, ter contado e marcado os sobreiros para abate. 'Há lá sementes de sobreiros, junto a outros que se desenvolveram que não têm espaço de crescimento', disse Carlos Pinto.
'Eu quero lá saber da Autoridade Florestal Nacional, eu quero saber daquilo que vejo e daquilo que vêem as pessoas que lá estão com bom senso', a¬ rmou. 'Agora um indivíduo qualquer que está não sei onde vem dizer-me que uma ramagem de geração espontânea, porque o vento projectou as sementes, pode contar [como sobreiro]. Conte lá o que quiser', disse, garantindo que as obras irão continuar e que os sobreiros adultos serão mantidos.
Diário XXI
Carlos Pinto referiu sexta feira que há lá umas ramagens que se parecem com sobreiros, no entanto, em Julho de 2008 Carlos Pinto numa notícia do Urbi et Orbi fala mesmo em sobreiros...
Em que ficamos Sr. Presidente??
Sofreu mais um atraso inesperado o processo de construção do Parque de Feiras de Tortosendo. Segundo Carlos Pinto, presidente da Câmara Municipal da Covilhã, a vasta área de terreno na zona Norte do Bairro do Cabeço foi já expropriada e a família Garrett, proprietários do mesmo, recompensados financeiramente por esse processo. Mas, o social-democrata que preside a autarquia covilhanense adiantou na última assembleia municipal que alguns sobreiros existentes no local “vão ter de ser alvo de uma leitura por GPS”. Um processo que vai atrasar o início da construção de um parque de feiras, cerca de dois meses.
No local, a autarquia vai construir um centro de feiras e outros espaços multiusos. Uma solução encontrada para dar resposta às necessidades de um local próprio para acolher uma das maiores feiras agrícolas da região. Todos os anos, a 29 de Setembro, as apertadas e serpenteantes ruas do Bairro do Cabeço servem de local para a Feira de São Miguel. Os responsáveis autárquicos há muito que planeavam a construção de espaço mais funcional e capaz de dar resposta às necessidades dos feirantes e ao conforto dos visitantes. Segundo a autarquia serrana, o novo parque irá contar com largas avenidas pensadas para este tipo de eventos, mas contará também com diversas estruturas de apoio, de modo a que o espaço possa ter diversas utilizações.
Carlos Pinto anunciou também a replantação dos sobreiros que vão sair do Bairro do Cabeço “e mais uns quantos do Parque Industrial do Tortosendo”, em terrenos das freguesias do Sarzedo e do Dominguiso. Um processo que visa a criação de duas zonas verdes em freguesias do concelho, com as árvores da freguesia operária. Só após a retirada das ditas árvores do terreno no Bairro do Cabeço e a replantação das mesmas nas freguesias vizinhas é que as obras vão começar.
in Urbi et Orbi de 29-07-2008
4 comentários:
O sobreiro aqui é Presidente do Municipio da Covilha. Nunca vi tanta ignorancia junta....que grande trooolll
parabéns pela manutenção dos sobreiros adultos e pela plantação de sobreiros no sarzedo.
asombraverde@gmail.com
Caros administradores do blogue "Máfia da Cova":
Quero apenas afirmar que o anterior comentário feito em meu nome é absolutamente falso, como se constata pelo facto do "meu nome" não corresponder à hiperligação directa para o meu blogue e não aparecer a minha fotografia.
Não vos peço que apaguem este comentário, antes pelo contrário, pois o mesmo é um exemplo maior da cobardia cívica de quem, não tendo coragem para usar o seu nome, usa o dos outros.
Se o "corajoso anónimo" quiser saber a minha opinião, sobre esta ou qualquer outra questão, basta que me envie um e-mail. O que até não é difícil visto que já conhece a minha morada.
Mas, como não tenho problemas em assumir publicamente o que penso, até lhe evito esse trabalho. Segue a resposta:
1º) Se eu assaltar um banco e distribuir 10% do meu roubo por uma instituição de solidariedade social, tal não apaga o meu acto fora da lei.
Quer esta metáfora dizer que o facto da Câmara estar disposta a proteger os sobreiros adultos e ter promovido novas plantações, não anula todas as violações à lei que conduziram ao levantamento de um auto por parte da GNR.
Efectivamente, a CMC, independentemente de ser a actual proprietária do terreno, não possui a autorização da Autoridade Florestal Nacional para cortar qualquer exemplar .
Não gosto de me repetir, mas à CMC não se pede que goste ou que concorde com a lei. Pede-se que que a respeite e faça respeitar.
2º) Pelo que foi exposto anteriormente, o facto da Câmara estar a proteger os sobreiros adultos decorre da lei que os protege. Ou seja, a CMC não nos está a fazer nenhum favor ao não cortar esses exemplares.
Ou será que estão à espera que lhes agradeçamos por estarem a cumprir as leis do país?!
3º) Por último, gostava muito de saber se as plantações do Sarzedo se enquadram nalgum plano de reflorestação, feito por engenheiros florestais, ou se a plantação dos mesmos está a ser feita pela mesma empresa de construção civil que costuma podar as árvores da cidade (?)
Um bocadinho mais de coragem, por parte de todos, e este país seria um pouco mais decente...
A vergonha pela vileza de se fazer passar pelo Pedro Nuno Teixeira dos Santos não recai sobre o fulano que postou o comentário das 11:18, porque não sabemos quem é. Mas todos sabemos quem é que ele pensa estar a defender. Quando chegar a altura de votar, vou ponderar também o que em seu nome tem sido escrito na blogosefera covilhanense. Não é por nada, mas quem tem defensores que fazem o que fez o anónimo das 11:18 deixa-me de pé atrás.
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